Os EUA lançarão suas “mais fortes sanções da história” contra o Irã nesta segunda-feira (5) após uma onda de protestos por todo o país que é rico em petróleo.
A administração de Trump está reinstalando todas as sanções removidas sob um acordo nuclear de 2015, que tem como alvo tanto o Irã como países que negociam com ele.
Isso afetará importações de petróleo, envios e bancos, todas as partes centrais da economia.
Milhares de iranianos entoando “Morte para a América” protestaram no domingo (4), rejeitando pedidos para conversas.
O exército iraniano também disse que realizaria exercícios aéreos nesta segunda e terça para provar as capacidades de defesa do país.
Os protestos ocorreram no 39º aniversário da ocupação da embaixada dos EUA no Teerã, que levou a quatro décadas de hostilidade mútua.
“As sanções do Irã são muito pesadas. Elas são as mais pesadas que já impusemos. E veremos o que acontecerá com o Irã, mas eles não estão indo muito bem, eu posso te dizer”, frisou Trump.
O que começou isso?
Washington está reimpondo as sanções após Trump ter se retirado em maio de um acordo de 2015 destinado a reduzir as ambições nucleares do Irã.
Os EUA também dizem que querem deter o que ele chama de atividades “malignas” do Teerã que incluem ciberataques, testes de mísseis balísticos e apoio a grupos terroristas e milícias no Oriente Médio.
Qual o impacto que poderia causar?
Os EUA vêm reimpondo gradualmente as sanções, mas analistas dizem que a mais recente rodada é de longe a mais significante.
Mais de 700 indivíduos, entidades, embarcações e aeronaves serão colocadas na lista de sanções, incluindo grandes bancos, exportadores de petróleo e empresas de transporte.
O secretário de estado dos EUA Mike Pompeo disse que mais de 100 grandes empresas internacionais se retiraram do Irã por causa das sanções ameaçadoras.
Ele também disse que as exportações de petróleo do Irã caíram em cerca de um milhão de barris por dia, sufocando a principal fonte de fundos para o país.
Quem está isento?
A administração de Trump garantiu isenções a oito países para continuarem importando petróleo iraniano, sem nomeá-los.
Segundo reportagens, dentre os países isentos estão os aliados dos EUA que são Itália, Índia, Japão e Coreia do Sul, juntamente com a Turquia e a China.
Segundo Pompeo, os países já fizeram “reduções significativas” em suas importações de petróleo”, mas precisam “um pouco mais de tempo para chegar a zero”.
Ele disse que dois interromperiam eventualmente as importações e outros seis as reduziriam consideravelmente.
Fonte: BBC Imagem: ANN