Os protestos acontecem após alegações de má conduta sexual feitas contra altos executivos
Milhares de funcionários da Google em todo o mundo realizaram uma série de protestos contra abuso sexual, desigualdade de gênero e racismo sistêmico.
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Protestos em escritórios da empresa em todo o mundo tiveram início em Tóquio às 11h10 de quinta-feira (1º) e foram realizados no mesmo horário em outros países.
Eles acontecem após alegações de má conduta sexual feitas contra altos executivos, os quais organizadores dizem serem o exemplo de mais alto perfil de “milhares” de casos similares em toda a empresa.
Uma imagem de um local em Singapura mostrou pelo menos 100 funcionários protestando.
Números maiores apareceram no lado de fora do escritório suíço da Google em Zurique e houve protestos na cidade israelense de Haifa e em Berlim.
Funcionários da Google também protestaram em escritórios nas cidades de Londres, Dublin e Nova York.
A “Greve por Mudança Real” ocorre uma semana após a revelação de que a Google ofereceu um pacote de desligamento no valor de 90 milhões de dólares a Andy Rubin, o criador do sistema operacional Android, mas ocultou detalhes de alegações de uma má conduta sexual que causou sua saída. Rubin negou as alegações.
Sundar Pichai, chefe executivo da Google, insistiu que a empresa havia tomado uma “linha dura” sobre a má conduta sexual e daria apoio aos funcionários que participaram dos protestos.
“Os funcionários levantaram ideias construtivas sobre como podemos melhorar nossas políticas e nossos processos em andamento. Estamos absorvendo todo o feedback para que possamos transformar essas ideias em ação”, disse ele.
O New York Times, que divulgou a história de Rubin, também reportou alegações de má conduta sexual contra vários outros executivos da Google. Esses incluem Richard DeVaul, diretor do laboratório afiliado da Google que criou projetos como carros com direção autônoma.
DeVaul havia permanecido no X lab após alegações terem surgido sobre ele há alguns anos. Ele renunciou na terça-feira sem um pacote de desligamento.
Pichai pediu desculpas pelas “ações passadas” da empresa em um email enviado aos funcionários nesta semana.
“Eu entendo a fúria e decepção que muitos de vocês estão sentindo”, disse.
“Eu também sinto isso e estou totalmente comprometido em progredir sobre uma questão que persistiu por muito tempo em nossa sociedade e, sim, aqui na Google, também”.
O email não mencionou os incidentes relatados que envolveram Rubin, DeVaul ou qualquer outro, mas Pichai não contestou a veracidade da história do New York Times.
Fonte: The Guardian
Imagem: Banco de imagens