Alimentos do ano de 2018: cavalinha e limão em destaque

Pelo 5.º ano consecutivo foi feita a avaliação dos alimentos em alta e a maior pontuação foi para o peixe cavalinha. Veja outros alimentos ricos.

Cavalinha foi eleita alimento do ano (ANN e Gurunavi)

Tradicionalmente, no final do ano, o maior site de restaurantes, cafés, dinings e comida em geral apresenta o prato do ano.

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O Gurunavi, com apoio do governo, realiza a pesquisa anual e a divulgou na quinta-feira (6).

Em 2018 foi eleito o pescado cavalinha (鯖, lê-se saba). Ganhou popularidade repentina pela riqueza das gorduras do bem.

São o EPA (ácido eicosapentaenóico) e o DHA (ácido docosahexaenoico) do Ômega-3. Esses ácidos graxos são indispensáveis como suplementos para o coração – incluindo sistema circulatório e pressão arterial – bem como para a saúde dos olhos e cérebro. Também, eficaz para o tratamento da depressão, diabetes e obesidade.

Os restaurantes incrementaram receitas da tradicional culinária japonesa, como também da ocidental. Gratinados, ao molho de tomates, com queijo, ervas e outras receitas com toque mediterrâneo fazem sucesso.

Cavalinha e vários tipos de preparo (Flickr, Instagram e Pixabay)

As vendas da cavalinha enlatada superaram as do atum, que vinha se mantendo no topo. A produção do ano passado foi de 39 mil toneladas de cavalinha contra 34 mil do atum. Este ano as vendas foram 150% superiores que no ano anterior.

A cavalinha fez com que a população recuperasse a consciência da importância do peixe nas refeições, como era antigamente no Japão.

‘Dormência’ e azedo

Este ano foi marcado por pratos de tamanho ardido ao ponto de causar dormência na língua. São da linha culinária chamada de ‘shibire ryouri’ (しびれ料理). Lámen, tan-tan ou mabodofu são servidos carregados de vários tipos de pimentas bem ardidas. Por isso, eles também foram lembrados e nomeados em segundo lugar.

Foto: Gurunavi

Mas dois outros foram lembrados e apontados.

Um deles é o pão sofisticado e de luxo. Panificadoras que o produzem têm filas, independente do alto preço. São assados com receita própria dos artesãos usando apenas matéria-prima de qualidade.

Não precisam ir à tostadeira para serem degustados, tamanha a riqueza do sabor e a consistência.

Foto: Gurunavi

Os limões japoneses, especialmente os de Hiroshima e Ehime, tornaram-se frutos de desejo. Afinal, deles se consome inclusive a deliciosa casca. Ocorreu um boom do limão de qualidade neste ano.

O que pode ter impulsionado esse boom foi a bebida lemon sour.

Foto: Gurunavi

Fontes: Gurunavi, governo e ANN

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De 2015 a 2017, 69 estagiários técnicos estrangeiros morreram no Japão

Publicado em 7 de dezembro de 2018, em Sociedade

O Programa de Treinamento Técnico do governo japonês vem sendo alvo de críticas por ser uma cobertura para garantir mão de obra barata em condições duras.

Mortes incluem 12 que perderam a vida em acidentes durante o treinamento e seis que cometeram suicídio (imagem ilustrativa/ banco de imagens PM)

Sessenta e nove estagiários estrangeiros morreram no período de 2015 a 2017, incluindo 12 que perderam a vida em acidentes durante o treinamento e seis que cometeram suicídio, de acordo com uma análise do Ministério da Justiça de relatórios de empresas que contrataram esses e outros aprendizes.

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A revelação foi feita ao jornal Mainichi com a contribuição de Akira Nagatsuma, chefe de assuntos políticos do Partido Democrático Constitucional do Japão.

Ela ocorre em meio à crescente preocupação sobre o Programa de Treinamento Técnico do governo, formalmente destinado a passar conhecimento técnico japonês a países em desenvolvimento, mas que é alvo de críticas por ser uma cobertura para garantir mão de obra barata em condições duras.

Muitos dos 12 que morreram durante treinamento sofreram ferimentos fatais enquanto trabalhavam.

Em um caso, um estagiário foi esmagado por uma empilhadeira quando ela tombou enquanto ele estava operando o veículo. Em outra situação, um aprendiz morreu quando tentava resgatar um colega japonês que ficou soterrado enquanto cavava uma vala para trabalho de tubulação de água.

Em relação àqueles que tiraram a própria vida, além dos seis casos claramente pautados como tal, houve vários em que há suspeita de suicídio. Um estagiário foi atingido por um trem após entrar em cruzamento ferroviário enquanto outro morreu após ingerir pesticida.

Quatro estagiários também foram assassinados, dois dos quais esfaqueados por colegas estrangeiros, de acordo com dados do Ministério da Justiça revelados por Nagatsuma.

Atualmente há 260.000 estagiários técnicos estrangeiros no Japão e só no ano de 2017 mais de 7.000 abandonaram seus empregos e desapareceram.

“Os casos fatais emergiram pela primeira vez, mas o histórico e partes responsáveis ainda não estão claros”, escreveu Nagatsuma em seu artigo.

Ele frisou que o governo precisa fazer mais para compreender o que realmente está acontecendo com os estagiários, já que o programa de treinamento é a base da reforma do sistema de imigração que o governo tem a intenção de introduzir em abril de 2019.

Fonte: Mainichi

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