A imprensa japonesa noticiou na segunda-feira (17) que 57 trabalhadores brasileiros da Nitto Denko, planta de Kameyama (Mie), levaram a empresa para o tribunal.
O motivo foi a disparidade salarial entre os funcionários japoneses e brasileiros. O grupo pede o pagamento dessa diferença, total de cerca de 125 milhões de ienes.
Quem instalou o processo contra a Nitto Denko foi um brasileiro que trabalha como junshain (準社員) na produção de materiais semicondutores. Mais 56, na faixa dos 20 aos 50 anos, de ambos os sexos, alocados como yuuki koyo keiyaku shain (有期雇用契約社員) ou contratados a termo, se juntaram a ele. Os contratados a termo têm renovação contratual realizada a cada 6 meses.
De acordo com o recurso, desde janeiro de 2010, todos realizam os mesmos trabalhos que os funcionários japoneses regulares, chamados de seishain (正社員). No entanto, além da diferença salarial, os subsídios para locomoção e abono de família não foram pagos. E também há uma disparidade na aquisição das férias a que têm direito.
Um dos demandantes, Milton Hiroyuki Ii, falou em coletiva de imprensa. “Viemos tentando negociar com a empresa, mas sem resposta sincera fomos forçados a levá-la para julgamento”, explicou.
A sede da empresa informou “não temos o que comentar pois ainda não recebemos a reclamatória”.
Fontes: Tokai TV e Nikkei