A Nissan planeja conduzir um outro recall que se deve a testes “impróprios” de veículos novos, disse um jornal na quinta-feira (6), causando uma nova dor de cabeça para a gigante japonesa dos veículos após a prisão de Carlos Ghosn.
O mais recente problema foi descoberto após funcionários do ministério dos transportes terem conduzido inspeções on-site nas maiores fábricas de montagem da Nissan, informou o jornal de negócios Nikkei.
Vários funcionários admitiram ter realizado testes “impróprios” em freios e outros sistemas antes do envio, disse jornal, sem especificar quantos carros foram afetados.
A Nissan planeja fazer um anúncio sobre o caso no fim deste mês e está considerando fazer o recall de veículos que foram testados de forma imprópria, frisou.
Uma confirmação imediata do relato não estava disponível.
A montadora foi forçada a realizar o recall de mais de um milhão de veículos no ano passado após admitir que funcionários sem autorização apropriada haviam conduzido inspeções finais em algumas unidades destinadas ao mercado nacional antes de serem despachadas para as concessionárias.
Em um caso separado que surgiu em julho, a Nissan admitiu que dados de emissões de gases de escape e eficiência de combustível haviam sido deliberadamente “alterados”, dificultando seus esforços para recuperar a confiança após o escândalo de inspeção.
Se confirmado, o novo problema representaria um outro golpe para a empresa, que foi sacudida desde a prisão de Ghosn em 19 de novembro por alegações de que ele havia subnotificado seu salário em milhões de dólares ao longo de cinco anos.
Ghosn nega qualquer irregularidade.
O destituído presidente do conselho da Nissan poderá enfrentar mais uma acusação de subnotificação de seu salário em cerca de cinco bilhões de ienes ($35.5 milhões) ao longo dos últimos três anos, divulgou a mídia japonesa.
Fonte: Japan Today