Sharp de Kameyama: descartabilidade dos trabalhadores nikkeis

Ex-trabalhadores e sindicato realizaram uma coletiva de imprensa em Tóquio para mostrar a dura realidade dos cortes na Sharp.

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Na segunda-feira (3) o sindicato Union Mie levou ex-trabalhadores de empreiteira da Sharp de Kameyama (Mie) para uma coletiva de imprensa em Tóquio.

Lá expuseram a dura realidade da vulnerabilidade dos trabalhadores brasileiros, peruanos, bolivianos e demais estrangeiros. Contratados por terceirizadas contaram que não foram mil conforme depoimentos da matéria publicada no sábado. Os cortes chegaram a quase 3 mil trabalhadores na Sharp.

Alfinetadas no governo

Diante da aprovação da emenda à atual lei de imigração, a fim de expandir a entrada de trabalhadores estrangeiros em massa para suprir a falta de mão de obra, o sindicato se manifestou.

“Mesmo sendo nikkeis foram colocados em posição de desvantagem”, se referindo a Sharp. “Com essa emenda está claro que os trabalhadores estrangeiros serão privados dos seus direitos humanos”, apontou.

Union Mie com 3 ex-trabalhadores brasileiros na Sharp e faixa sobre o corte de 3 mil (Sankei)

“O governo não olha para um problema como este e está tentando promover a rápida expansão”, alfinetando para o visível perigo.

De 3.000 para 100

Segundo o sindicato, em 2017 eram cerca de 3 mil trabalhadores nikkeis, através de 10 empreiteiras, de 5 níveis diferentes. Ou seja, terceirizadas de outras terceirizadas.

Os contratos eram de 1 a 2 meses. E havia rotação de pessoal entre as empreiteiras do grupo, saindo de uma e entrando em outra. Era uma estratégia para escaparem do pagamento do shakai hoken.

Shizuka Shimazu à esq. e Fabíola Suzuki à dir. (Sankei)

A partir de fevereiro deste ano, com a redução da produção, as empreiteiras começaram a diminuir a jornada diária ou reduzir o salário por hora. Alguns começaram a parar por conta própria. Outros foram cortados pelas empreiteiras. Alguns conseguiram recolocação e soube-se de quem está vivendo dentro do carro.

A prefeitura de Kameyama vem recebendo reclamações desde o final do ano passado, levantou o Chunichi. Pessoas com queixas como “não recebi o contra-cheque” ou “teve desconto de mudança no salário”, eram recomendadas a procurar a Delegacia do Trabalho. Mas muitos desistiam para procurar recolocação em outra cidade, informou o representante.

Atualmente são cerca de 100 nikkeis trabalhando através de empreiteira na Sharp de Kameyama, informou o sindicato.

Fontes: Asahi, Sankei e Chunichi 

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Governo intensifica esforços para combater o contrabando de ouro

Publicado em 4 de dezembro de 2018, em Sociedade

O governo está preocupado com o fato de que o aumento do imposto sobre consumo em 2019 torne o contrabando mais lucrativo e leve a um crescimento no número de tentativas.

É exigido por lei daquelas pessoas que trazem ouro ao Japão pagar o imposto à alfândega quando chegam ao país (imagem ilustrativa- NHK)

O governo japonês está intensificando os esforços para combater o contrabando de ouro e se prepara para um aumento do número de casos antes da subida de 8 para 10 por cento do imposto sobre consumo – sohizei – em 2019.

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É exigido por lei daquelas pessoas que trazem ouro ao Japão pagar o imposto à alfândega quando chegam ao país. A quantia tem base no valor do material precioso que estão transportando.

Certamente que os contrabandistas não reportam o ouro que trazem ao Japão, mas quando vendem o material precioso no país eles cobram do comprador o shohizei e, então, acabam embolsando a quantia total do imposto.

O governo está preocupado com o fato de que o aumento do imposto sobre consumo no ano que vem torne o contrabando mais lucrativo e leve a um crescimento no número de tentativas.

O governo disse que pedirá aos revendedores de joias que verifiquem a identificação dos vendedores e mantenham cópias de suas habilitações, passaporte ou outros IDs.

A nova regra poderá ser incorporada nas revisões de imposto do governo para o ano fiscal de 2019 a ser compilado neste mês.

Fonte: NHK

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