O holandês Emile Ratelband insiste que sua jornada para voltar atrás no tempo em sua certidão de nascimento não chegou ao fim, apesar de um juiz ter rejeitado na segunda-feira (3) seu pedido para se tornar legalmente um homem mais jovem.
O homem de 69 anos, pai de sete filhos, solicitou legalmente uma redução de 20 anos de sua idade, comparando seu pedido àqueles de pessoas que buscam mudar seus gêneros.
O pedido bizarro foi motivado pelo desejo de Ratelband em ficar mais atrativo para as mulheres no Tinder e em outros aplicativos de relacionamentos. Ser mais jovem também pode aumentar oportunidades de emprego, defendeu.
No entanto, o juiz M. Van der Linde do Tribunal de Gelderland em Arnhem, no leste da Holanda, decidiu que a questão não era somente uma de identidade, mas também os “direitos e obrigações” que estão conectados à idade – como o direito de votar, casar, consumir bebidas alcoólicas e dirigir. Tais limites “perderiam seus significados” se as pessoas tivessem permissão para alterar suas idades segundo suas vontades, julgou o tribunal.
Além disso, apagar 20 anos da vida de uma pessoa também “implicaria que os 20 anos vividos (pelo solicitante) desapareceriam nos registros” – deste modo comprometendo quaisquer qualificações adquiridas em tal período.
Há 18 meses, Ratelband contratou um advogado para representá-lo. Contudo, os crescentes honorários do advogado não parecem ser uma preocupação.
“Isso é em relação à minha consciência e livre-arbítrio”, disse ele ao CNN. “Eu posso escolher minha própria vida, minhas próprias férias, meu próprio nome e meu próprio gênero, então por que não posso escolher minha própria idade? Eu digo que o governo tem que ajustar isso”.
Ratelband insiste que vai em última análise levar sua luta até o Tribunal Europeu de Direitos Humanos se necessário.
Ele afirma ter “mais pessoas comigo do que contra mim”, tendo recebido mensagens de apoio de todo o mundo. Sua família também tem sido motivadora, disse ele.
Emile Ratelband é uma personalidade de televisão holandesa e “guru da positividade”.
Fonte: CNN