O professor emérito da Universidade de Tóquio, Shunji Murai, 79 anos, especialista em terremotos e um dos sócios da empresa JESEA-Japan Earthquake Science Exploration Agency, explica sobre o terremoto de 3 de janeiro e faz predições.
Kumamoto teve um abalo sísmico de intensidade 6 em 3 de janeiro, no feriado de Ano Novo. “Esse terremoto pode ser um gatilho para um de grande proporção”, afirma. Continua explicando “o Japão passou por uma quietude anormal depois da segunda quinzena de outubro e em cerca de 2 meses ocorreu esse de Kumamoto”.
Segundo o professor, esse ocorreu depois do estado silencioso por mais 3 semanas, por isso, “não posso negar a possibilidade de movimentos semelhantes em outros locais, no futuro”, explica.
Embasado no que faz predição?
Explica que há 1.300 pontos eletrônicos de referência, com dados de GPS, instalados em todo Japão. Todo e qualquer mínimo movimento é usado para análise em relação à ocorrência de terremotos.
Semanalmente são analisados dados das flutuações anormais, elevação e subsidência da superfície do solo e movimentos horizontais na direção de um dos pontos cardeais. Por isso, tanto o terremoto de 3 de janeiro quanto o de 8, na Ilha Amami, foram previstos e publicados através do app Predição do Megaterremoto (MEGA地震予測).
Esse app desenvolvido, tanto para iOS quanto Google Play, pode ser obtido tocando sobre os respectivos sistemas operacionais em vermelho. Ambos são em japonês e é preciso pagar pelo uso, ¥380 mensalmente, já com imposto.
2 áreas das 5, de risco de terremotos
O especialista gerou um mapa rankeando as 5 áreas com maior risco de terremotos de grande intensidade. As mais relevantes são 2, no ponto de vista de Murai.
- Região metropolitana e parte de Tokai
- Nankai e Tonankai
Ambas são áreas onde o governo alertou que há uma alta probabilidade de ocorrência de um grande terremoto dentro dos próximos 30 anos. Porém, segundo o professor, foram observados movimentos na superfície de ambas as zonas, ao mesmo tempo.
Ele explica que a primeira vez foi na primeira quinzena de julho do ano passado, depois na segunda quinzena, de uma só vez em flutuações anormais no mar, a sudeste, entre essas 2 áreas.
2019, ano perigoso
Depois foi na segunda quinzena de setembro para o começo de outubro, na Península de Izu, na Península de Kii e em Shikoku. Em seguida observou o estado de calmaria. “Tenho chamado para a vigilância, pois o risco de terremoto é alto”, observou.
Desde a ocorrência do Grande Terremoto ao Leste do Japão, essas são as áreas com mais movimentação anômala.
Chamado de Terremoto Showa Nankai, o Nankai Trough da época, ocorreu em 1946. Antes dele ocorreram o Terremoto de Tottori em 1943 e o Terremoto de Mikawa, em 1945. Segundo o professor os movimentos são muito parecidos à epoca. Como vem aumentando o número de tremores desde 2016, há que se tomar cuidado neste ano de 2019, alerta.
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Fontes: Post Seven, Josei Seven e JESEA