A polícia no Arizona, nos EUA, está buscando amostras de DNA de funcionários do sexo masculino em uma clínica de repouso onde uma paciente em estado vegetativo deu à luz.
O incidente ocorreu em uma clínica administrada pela Hacienda HealthCare, perto de Phoenix.
O centro disse que uma ordem foi atendida pela polícia na terça-feira (8), enquanto autoridades tentam descobrir como a mulher ficou grávida.
Segundo informações, a mulher é paciente na clínica há pelo menos uma década após ela sofrer um incidente em que quase morreu por afogamento.
No início desta semana, o chefe executivo da corporação responsável pela clínica se demitiu por causa da situação que veio à tona.
Em uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (9), o porta-voz da polícia de Phoenix, o sargento Tommy Thompson, disse que não tinham conhecimento se algum funcionário tenha recusado a fornecer uma amostra de DNA.
Em seu site, a Hacienda HealthCare disse que oferece cuidados a “crianças, adolescentes e jovens adultos medicamente e cronicamente frágeis, assim como àqueles com deficiências intelectuais e de desenvolvimento”.
A paciente, que não foi identificada, teria dado à luz um menino em 29 de dezembro de 2018. A mãe e o bebê estão em um hospital local.
Traumatizada
O advogado John Micheaels, que representa a família da mulher, descreveu a situação da paciente como “completamente vulnerável”.
“Obviamente que a família está revoltada, traumatizada e em choque pelo abuso e negligência dos cuidados com sua filha no Hacienda HealthCare”, disse o advogado ao 12 News na NBC.
Os parentes disseram que ainda não estavam prontos para se apresentarem e pediram para dizer a todos que a criança nasceu “em uma família amorosa e que será bem cuidada”.
A mulher é membro da Tribo Apache de San Carlos, de acordo com uma declaração divulgada pelos líderes da tribo na terça-feira.
“Estou profundamente chocado e horrorizado pelo tratamento dado a um de nossos membros”, disse o líder da tribo Terry Rambler.
Relatos da mídia local dizem que os funcionários da clínica desconheciam a gravidez da paciente até ela dar à luz.
“Continuaremos a operar junto com a polícia de Phoenix e todas as outras agências investigativas para desvendar os fatos nessa situação profundamente perturbadora e sem precedentes”, disse a Hacienda em uma declaração.
A empresa também disse que havia buscada assistência jurídica sobre a possibilidade de testes de DNA obrigatórios para os funcionários, mas foi informada que isso violaria a lei federal.
O Departamento do Arizona de Serviços de Saúde disse medidas de segurança adicionais foram implementadas na clínica desde o dia em que o caso veio à tona.
Fonte: BBC