Tripulantes da companhia aérea Malindo Air foram acusados de pertencer a um sindicato que trazia drogas da Malásia para a Austrália, foi divulgado na quarta-feira (16).
Oito pessoas foram presas em Melbourne ao longo da última quinzena como parte de uma operação que tinha como alvo um sindicato responsável pelo contrabando de heroína e metanfetamina no valor de mais de 20 milhões de dólares australianos (US$14,5 milhões), disse a polícia em uma declaração.
Investigadores alegam que drogas foram transportadas nos corpos dos tripulantes, da Malásia para Melbourne e Sydney, relatou a polícia australiana.
O chefe da polícia de Victoria, Tess Walsh, disse aos repórteres que o sindicato teria usado os membros da tripulação da companhia aérea que tem sede em Kuala Lumpur para trazer drogas ao país, divulgou a emissora local ABC.
Walsh disse que a complexa investigação com duração de cinco meses tinha como alvo o sindicato do crime organizado vietnamita com sede em Melbourne.
O sindicato vinha operando há cinco anos e a ABC divulgou que pelo menos duas das oito pessoas presas eram da tripulação de cabine da Malindo.
Contudo a Malindo afirmou em 16 de janeiro a prisão de somente um de seus tripulantes e disse que não teve qualquer comunicação com os funcionários ou com a Polícia Federal Australiana sobre a detenção.
Quatro mulheres e quatro homens foram presos em Melbourne e acusados por tráfico de drogas em relação ao sindicato. Seis continuaram presos e vão novamente a julgamento em maio, enquanto a outros dois uma fiança foi concedida.
A polícia apreendeu carros de luxo, centenas de milhares de dólares em dinheiro e drogas durante batidas em Melbourne no início de janeiro.
O chefe da Força de Fronteira, Craig Palmer, disse na quarta-feira que funcionários de companhias aéreas não estavam acima da lei, relatou a polícia australiana.
“Eles estão sujeitos à intervenção na fronteira como qualquer pessoa e podem enfrentar penalidades significantes se for descoberto que estão usando suas posições para tentar contornar os controles de fronteira”, acrescentou Palmer.
Fonte: Straits Times