Pratos requintados como o foie gras, à esq., trufas no meio e omelete com lascas do diamante negro (Wikipedia e Flickr)
A trufa negra é a iguaria mais cara do mundo. No Japão, importada da Europa, chega a custar 300 mil ienes o quilo.
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Não se trata do chocolate, mas de uma variedade de cogumelos, os quais são encontrados na floresta com ajuda de cães e porcos.
Imagem ilustra a simbiose e como são encontradas com ajuda de cães e porcos (CTV)
Amada pelos chefs franceses, umas lascas de trufa são suficientes para dar um aroma e sabor especiais ao prato. E, claro, o preço fica bem salgado.
A produção da trufa ainda é um mistério. Sabe-se que ela nasce e se desenvolve sob a terra, em simbiose com as raízes de árvores. A ciência ainda não descobriu como isso ocorre, o que torna a trufa ainda mais preciosa, chamada de diamante negro da cozinha.
Combinada com foie gras – fígado do ganso alimentado à exaustão – o prato é puro requinte. Mas também acompanha risotos, pastas, omeletes e outros. As lascas sobre os pratos quentes dão um aroma irresistível.
Pato fatiado e fígado de ganso (ou pato), ambos com trufas (Wikipedia)
Tesouros na floresta
Há 13 anos, Satoru Hirata, residente em Mitaka-cho (Gifu) encontrou trufas na floresta. Ele mandou examinar e foram confirmadas que se tratavam de trufas negras. Infelizmente, Hirata não pôde contar onde foi por questão de sigilo e para que a floresta não seja destruída.
As encontradas em Mitake-cho (CTV, cedidas pelo laboratório)
Já foram encontradas em outros locais do Japão, mas ainda continuam sob mistério. Tampouco se conseguiu desenvolvê-las em escala.
Trufa no projeto em Gifu
Há um laboratório tentando produzi-las. Um laboratório de Mino (Gifu) está em desenvolvimento, a fim de não depender da importação dessas preciosas iguarias.
Nas raízes das mudas de árvores os pesquisadores introduzem um determinado fungo. Depois replantam nas florestas e nas calçadas. O pesquisador explicou para a reportagem da CTV que usa o mesmo método dos laboratórios da Europa. Talvez por conta do clima e da diferença do solo ainda não encontrou estabilidade no desenvolvimento delas.
No quarto ano da pesquisa laboratorial espera-se atingir a meta em 7 anos, pois é esse o tempo para que se transformem em trufas, na Europa.
Há uma esperança para que esse projeto seja bem sucedido. Assim, quem sabe, no futuro próximo, as trufas poderão ser adquiridas um pouco mais em conta no Japão.
Fonte: CTV