O presidente dos EUA Donald Trump decidiu encerrar as isenções das sanções para países que ainda estão comprando petróleo do Irã.
A Casa Branca disse que as isenções para a China, Japão, Coreia do Sul e Turquia vão expirar em maio, período após o qual eles poderão enfrentar sanções dos EUA.
A decisão é destinada a zerar as exportações de petróleo do Irã, negando ao governo sua principal fonte de lucro.
O Irã insistiu que as sanções eram ilegais e que ele não havia dado nenhum “valor ou credibilidade” às isenções.
Trump restabeleceu as sanções no ano passado após abandonar um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis potências mundiais.
Sob o acordo, o Irã concordou em limitar suas complexas atividades nucleares e permitir a entrada de inspetores internacionais em troca de alívio das sanções.
A administração de Trump espera forçar o Irã a realizar um “novo acordo” que cobriria não somente suas atividades nucleares, mas também seu programa de mísseis balísticos e o que as autoridades chamam de seu “comportamento maligno” em todo o Oriente Médio.
As sanções levaram a um declínio brusco na economia do Irã, empurrando o valor de sua moeda a baixas recordes, quadruplicando sua taxa de inflação anual, afastando investidores estrangeiros e causando protestos.
Por que as isenções não estão sendo renovadas?
Em novembro, os EUA reimpuseram sanções sobre a energia do Irã, construção naval, transporte marítimo e setores bancários, os quais autoridades chamam de “áreas núcleo” de sua economia.
Contudo, isenções de seis meses de penalidades econômicas foram concedidas a oito principais compradores de petróleo bruto iraniano – China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Turquia, Itália e Grécia – a fim de oferecer tempo a eles para encontrarem fontes alternativas e evitar causar um choque a mercados de petróleo globais.
Três dos oito compradores – Grécia, Itália e Taiwan – deixaram de importar petróleo iraniano. Entretanto, os outros teriam pedido que suas isenções fossem estendidas.
O secretário de estado Mike Pompeo disse que a decisão de Trump em não renovar as isenções mostrou que sua administração estava “acelerando dramaticamente nossa campanha de uma maneira calibrada que atende nossos objetivos de segurança nacionais enquanto mantém bem abastecido os mercados de petróleo globais”.
“Daremos suporte a nossos aliados e parceiros enquanto eles fazem a transição do petróleo bruto iraniano para a outras alternativas”, enfatizou.
Fonte: BBC