A Seven-Eleven Japan está disposta a trabalhar com lojas no modelo que não funciona 24 horas, dependendo da localização e situações específicas (banco de imagens)
De acordo com uma pesquisa pela internet encomendada pela Nikkei, 72,6% dos consumidores japoneses dizem que apoiariam mudanças no modelo 24 horas de lojas de conveniência para que esses negócios se mantenham em atividade em meio à escassez de mão de obra no país.
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A pesquisa descobriu que 41,1% dos entrevistados foram a favor do sistema de reformulação, enquanto outros 31,5% estavam de alguma forma apoiando. Mesmo dentre aqueles que frequentam lojas de conveniência entre 22h e 5h pelo menos uma vez na semana, 58,2% apoiaram ajustes ao modelo de negócios. A empresa de pesquisa Macromill com sede em Tóquio conduziu a pesquisa online entre 10 e 11 de maio, recebendo respostas de 4.841 pessoas pelo país.
Manter lojas de conveniência abertas 24 horas, uma prática que teve início em meados dos anos 1970, serviu para impulsionar o tráfego de consumidores. Na pesquisa, 62,2% dos entrevistados disseram que em algum ponto se sentiram agradecidos pelo fato das lojas estarem abertas até de madrugada.
Contudo, o número de consumidores que visitam lojas de conveniência com frequência à noite caiu nos últimos anos, em parte por causa dos esforços para reduzir as horas de trabalho notoriamente longas do Japão.
A saturação de lojas de conveniência agrava o problema. Dados da Associação de Franquias do Japão mostram que o número de lojas totalizou 55.743 no fim doe 2018, alta de aproximadamente 14 mil ante a década anterior, mesmo com o encolhimento populacional do país.
“Eu não acho que todas as lojas devam ficar abertas 24 horas”, disse uma mulher de 33 anos da província de Gunma, refletindo as opiniões de muitos na pesquisa da Macromill.
A Seven-Eleven Japan, a maior rede de lojas de conveniência do país, está disposta a trabalhar com lojas no modelo que não funciona 24 horas, dependendo da localização e situações específicas. Contudo, a unidade da Seven & i Holdings tem a preocupação de que fechar um estabelecimento à noite poderia impactar nas vendas durante o dia.
A pesquisa da Macromill sugere que os prejuízos seriam limitados. Somente 7,8% dos entrevistados disseram que parariam de comprar nas lojas de conveniência que visitam regularmente se elas fechassem à noite. Por outro lado, 65,5% continuariam a frequentar a mesma loja e buscariam outro lugar para serviços tarde da noite, enquanto 20,3% esperariam até a loja abrir.
Cerca de 80% dos entrevistados disseram que aceitariam sistemas de autoatendimento ou disponibilidade restrita de produtos e serviços, se tais modificações fossem necessárias para manter os estabelecimentos abertos durante a noite.
Fonte: Nikkei