A Víbora de Russel, na imagem acima, encontrada na Índia e sudeste asiático, é uma das cobras cuja picada é a que mais mata no mundo (banco de imagens)
Picadas de cobra matam entre 81.000 e 138.000 pessoas e deixam mais 400.000 com sequelas todos os anos.
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Esse é um problema exacerbado pela escassez global de soro antiofídico, principalmente em área rurais da África subsariana onde instalações de cuidados de saúde apropriadas são poucas e dispersas.
De acordo com a Wellcome Trust do Reino Unido, uma instituição de caridade de pesquisa biomédica, picadas de cobras causam mais mortes e sequelas do que qualquer outra doença tropical negligenciada.
“A picada de cobra é – ou deveria ser – uma condição tratável. Com acesso ao soro antiofídico correto, há uma alta chance de sobrevivência”, disse o professor Mike Turner, diretor de ciência da Wellcome.
É uma avaliação concordada pela Organização Mundial da Saúde – ONU. Na quinta-feira (29) a organização da saúde global deu início a uma estratégia para lidar com o problema, o qual apoiadores descrevem como a maior crise de saúde escondida do mundo.
Até 138.000 mortes por picadas de cobra por ano no mundo. Os números são da ONU (banco de imagens)
A ONU quer reduzir pela metade as mortes e sequelas em decorrência de picadas de cobra até o ano 2030 ao investir 136 milhões de dólares para educar comunidades com a prevenção de picadas, produzindo tratamentos mais eficazes e melhorando sistemas de cuidados à saúde.
A Wellcome Trust também está por trás da estratégia, investindo 80 milhões de euros ao longo dos próximos sete anos.
As cobras cujas picadas são as que mais matam pessoas no mundo incluem a Echis, encontrada na África, Oriente Médio, Índia e Paquistão e a Víbora de Russel, encontrada na Índia e sudeste asiático.
De acordo com a Wellcome, o mundo tem menos da metade do soro antiofídico que precisa e o soro que está disponível em alguns lugares muitas vezes são ineficazes porque não se adaptam às espécies locais. Soros antiofídicos foram desenvolvidos para somente cerca de 60% das cobras venenosas do mundo.
Fonte: CNN