Cúpula do G20 tem início em Osaka

Foco aumentado em reuniões bilaterais ofuscam quadro multilateral.

Líderes mundiais se encontram em Osaka (YouTube/THE PAGE)

Uma cúpula de dois dias de líderes das nações ricas e desenvolvidas do mundo começa em Osaka nessa sexta-feira (28). Contudo, grande parte do foco nos encontros do G20 provavelmente será reuniões bilaterais ocorrendo em suas margens, principalmente entre os presidentes dos EUA Donald Trump e o da China Xi Jinping.

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Trump e Xi devem discutir no sábado (29) maneiras de abrandar a persistente guerra comercial, a qual está lentamente colocando pressão sobre a economia global.

Na quarta-feira (26), Trump novamente ameaçou a imposição de tarifas adicionais se um negócio comercial não for feito com a China.

Essa será a primeira reunião entre os dois presidentes desde a de maio que não teve sucesso. Apesar de Trump continuar a fazer ameaças via Twitter, ambos os lados estão dispostos a reiniciar as negociações paralisadas.

Outros líderes mundiais, incluindo o presidente russo Vladmir Putin e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, estão em Osaka para a 14ª Cúpula do G20.

A Índia e os EUA também estão envolvidos em discussões sobre tarifas e geopolítica, com Washington retirando privilégios comerciais da Índia em 5 de junho, e Nova Déli impondo tarifas retaliatórios 11 dias depois. Os EUA também pressionaram Nova Déli a não comprar sistemas antimísseis S-400 da Rússia.

Trump deve se encontrar com Modi, que foi reeleito em maio como primeiro-ministro da Índia, para discutir maneiras de resolver essas questões.

Ele também deve realizar uma cúpula trilateral com Modi e Abe nesta sexta-feira. Após a primeira que ocorreu em novembro durante a última cúpula do G20 na Argentina, analistas dizem que os três líderes podem discutir maneiras de pavimentar suas cooperações na região Indo-Pacífica para neutralizar a influência crescente da China.

Contudo, uma outra cúpula trilateral – de Xi, Modi e Putin – também está planejada nos bastidores da cúpula de Osaka, que pode resultar em um compromisso feito pelos três líderes para manter o multilateralismo e se opor ao protecionismo.

Estabilizado em 1999, o G20 foi elevado em 2008 de um fórum de ministros de finanças e governadores de bancos centrais para um de líderes de estado e governo a fim de responder efetivamente à crise financeira global. No entanto, nos últimos anos, o foco mudou mais para reuniões bilaterais e plurilaterais do que para a cúpula em si.

O G20 representa cerca de 85% do produto interno bruto global, mais de 75% do comércio mundial e dois terços de sua população.

O Japão, anfitrião da cúpula, visa obter consenso no avanço da reforma da Organização Mundial do Comércio e estabelecer regras para a transferência de dados, dentre outras questões.

O Grupo dos 20 é formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Fazem parte dele Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido, Rússia, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Turquia e União Europeia.

Fonte: Asia Nikkei

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Primeira transferência de cidadão brasileiro preso no Japão

Publicado em 28 de junho de 2019, em Comunidade

A transferência ocorre no âmbito do Tratado Bilateral Brasil-Japão de Transferência de Pessoas Condenadas, assinado em Tóquio no dia 24 de janeiro de 2014. 

(ilustrativa)

Foi realizada nesta sexta-feira (28), a primeira transferência de cidadão brasileiro preso no Japão para cumprimento do restante de sua pena no Brasil. O detido, cuja identidade deve ser mantida em sigilo, será acompanhado para o Brasil por agentes da Polícia Federal brasileira.

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A transferência ocorre no âmbito do Tratado Bilateral Brasil-Japão de Transferência de Pessoas Condenadas, assinado em Tóquio no dia 24 de janeiro de 2014.

Além de constituir avanço da cooperação bilateral no domínio do direito penal entre os países, o Tratado contribui para a reabilitação e reintegração social de pessoas condenadas, já que oferece a possibilidade de que brasileiros condenados no Japão e japoneses condenados no Brasil possam cumprir pena em seus países de origem.

O Tratado determina que todas as solicitações sejam avaliadas e aceitas pelos Ministérios da Justiça de ambos os países. Esta primeira transferência foi solicitada pelo próprio brasileiro, conforme prevê o acordo, e motivada por razão de saúde e proximidade de seus familiares no Brasil.

Como ele, vários outros brasileiros detidos em território japonês lançaram mão dessa possibilidade e aguardam a análise de seus pedidos.

O Consulado-Geral do Brasil, no cumprimento de seu papel de prestar assistência consular aos cidadãos brasileiros, apoiou o Ministério da Justiça e a Polícia Federal e acompanhou o desenrolar do processo de transferência até o embarque do detido em Tóquio.

Consulado-Geral do Brasil em Tóquio - Setor de Apoio à Comunidade

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