Um recorde de 3.129 pessoas se perderam em montanhas no Japão no ano passado, em meio a um auge continuado em atividades como alpinismo e caminhada, revelou um relatório da polícia na quinta-feira (13).
Isso representa um aumento de 18 ante o ano anterior, enquanto o número de acidentes aumentou em 78, totalizando 2.662, o maior desde 1961, quando dados comparáveis foram disponibilizados.
Em contraste, o número de mortos e pessoas desaparecidas caiu em 12, para 342, disse a Agência Nacional de Polícia – ANP, com mais de 70% deles na faixa etária de 60 anos ou mais, segundo o relatório.
No geral, 50,5% das pessoas que se perderam em montanhas, e 71,9% daquelas que morreram ou ainda estão desaparecidas, tinham idade de 60 anos ou mais.
O maior grupo de pessoas em perigo eram aquelas na faixa etária de 70 anos ou mais, contando por 698, ou 22,3%, seguido por aqueles na faixa dos 60, a 692, ou 22,1%, e pessoas na faixa dos 50, a 486, ou 15,5%.
Dentre os mortos ou desaparecidos, 110, ou 32,2%, tinham faixa etária de 70. Cento e um, ou 29,5%, na faixa dos 60 anos e 42, ou 12,3%, na faixa dos 50.
Por atividade, 385, ou 12,3%, estavam colhendo vegetais selvagens ou cogumelos.
Um total de 111 turistas do exterior se perderam em montanhas, mais da metade deles enquanto estavam fora da pista de esqui, de acordo com o relatório.
Por província, Nagano registrou a maioria dos casos, 297, seguida por Hokkaido, com 201, e Tóquio 147.
Em 78,4% dos casos, aqueles que se perderam em montanhas usaram celular ou outros dispositivos de comunicação para pedir ajuda.
O número de acidentes excede 2.000 todos os anos desde 2013, com a polícia pedindo às pessoas que planejem de forma apropriada suas rotas e usem equipamentos necessários.
Fonte: Mainichi