Cerca de 19.000 pessoas assinaram uma petição pedindo que o Japão elimine códigos de vestimenta os quais exigem que as mulheres usem salto alto no local de trabalho.
A petição foi iniciada por Yumi Ishikawa. Ela disse que foi obrigada a usar salto alto na época que trabalhava em uma casa funerária.
Seus tuítes sobre a questão viralizaram com mais de 30.000 compartilhamentos.
Em 2015, uma recepcionista em Londres foi mandada para casa sem pagamento após se recusar a usar salto alto.
A campanha é denominada no Japão como #KuToo, representando as palavras japonesas para sapato “kutsu” e dor “kutsuu” e também se refere ao movimento #MeToo, de acordo com a Kyodo News.
Manifestantes dizem que usar salto alto é visto como obrigatório quando se candidatar a vagas de emprego.
Ishikawa, também atriz, disse: “Espero que essa campanha mude a norma social para que ela não seja considerada más maneiras quando as mulheres usarem sapatos baixos como os dos homens”.
Ela enfatizou que havia se encontrado com um oficial do ministério que era “solidário” com a petição.
Essa não é a primeira vez que a campanha foi lançada para mudar códigos de vestimenta no trabalho para mulheres.
Nicholas Thorp criou uma petição pedindo que as leis sobre códigos de vestimenta fossem alteradas após ela ter recebido uma ordem para usar salto na companhia de finanças PwC.
Ela foi contratada como temporária da equipe e se recusou a cumprir o código de vestimenta. Após cobertura na mídia, a firma de terceirização Portico anunciou que funcionárias poderiam “usaram sapatos baixos” com efeito imediato.
Em 2017, uma província canadense eliminou o código de vestimenta o qual exige que funcionárias usem salto alto.
O governo da Columbia Britânica disse que aquelas que usam salto alto enfrentam o risco de ferimentos físicos porque podem escorregar ou cair, assim como possível danos nos pés, pernas e costas.
Fonte: BBC