O número de recém-nascidos no Japão atingiu um declínio recorde de 918.397 em 2018, ficando abaixo da marca de um milhão pelo terceiro ano consecutivo, mostrou uma pesquisa do governo em 7 de junho.
O país que envelhece rapidamente registrou a maior margem de declínio, 444.085, em sua população desde 1899, quando dados comparativos se tornaram disponíveis, com 27.668 nascimentos a menos ante o ano anterior e o número de mortes aumentando 22.085, para 1.362.482, de acordo com o ministério da saúde.
A taxa total de fertilidade – o número médio de filhos que uma mulher dará à luz em sua vida – caiu 0.01 ponto para 1.42, encobrindo as perspectivas do governo do primeiro-ministro Shinzo Abe em atingir sua meta de aumentar a taxa para 1.8 até março de 2026.
A taxa total de fertilidade vem flutuando a 1.4 desde 2012 após atingir uma baixa de 1.26 em 2005. A taxa ficou abaixo de 2.00 em 1975, um grande declínio de 4.54 em 1947.
Pelo quarto ano consecutivo, a média de idade para uma mulher japonesa dar à luz ao primeiro filho situou-se a 30.7. O número de bebês nascidos de mulheres entre 30 e 34 anos caiu mais de 10.000.
Okinawa foi a única província onde o número de nascimentos ultrapassou o de mortes. Dentre as 47 do Japão, ela teve o maior número de nascimentos, 1.89, seguida por 1.74 de Shimane e 1.72 de Miyazaki. A mais baixa foi em Tóquio, com 1.20.
“Implementaremos políticas que ajudarão mães que querem dar à luz e criar os filhos”, disse um oficial do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar”.
A taxa de natalidade do Japão caiu após as pessoas começarem a se casar mais tarde ou não contraírem matrimônio. Contudo, pesquisas mostram que grande parte dos jovens desejam casar no futuro sob as circunstâncias certas.
De acordo com uma recente pesquisa realizada por um grupo que se empenha em tornar a criação de filhos mais simples para as famílias, 73,5% de aproximadamente 3.000 entrevistados disseram que sentem dificuldade em ter dois filhos.
Segundo especialistas as medidas óbvias que o Japão precisa realizar incluem identificar e remover potenciais obstáculos os quais desencorajam as pessoas de se casarem jovens e terem filhos – como trabalhos instáveis e baixa renda, assim como vários custos associados ao parto e criação das crianças.
Fonte: Japan Times