A Nissan Motor planeja cortar mais de 10.000 empregos globalmente como parte de seus esforços para dar uma reviravolta em seus negócios, disseram fontes da empresa na terça-feira (23).
O corte adicional de empregos da Nissan ocorre após ela ter dito em maio que reduzirá sua força global em 4.800 pessoas.
No ano até março, a receita líquida do grupo Nissan atingiu o nível mais baixo em 9 anos, afetada por vendas fracas de seus carros no mercado dos Estados Unidos, e a fabricante japonesa projeta que os lucros serão reduzidos pela metade no ano fiscal de 2019.
Além disso, desde a prisão em novembro de seu ex- presidente do conselho Carlos Ghosn por alegado crime financeiro, a Nissan vem enfrentando dificuldades para reestruturar sua equipe de gestão e relações com a RenaultSA, sua maior acionista.
A redução adicional na força de trabalho, incluindo através de opções de aposentadoria antecipada, deve ser anunciada pela fabricante, que tem sede em Yokohama, na quinta-feira (25), quando ela divulgar números de ganhos para o período de abril a junho deste ano.
Algumas fábricas na América do Sul e em outras regiões onde a Nissan tem baixa lucratividade provavelmente estarão sujeitas ao planos de redução, enquanto ela pode tentar otimizar a produção no Japão.
Desde março deste ano, a Nissan e suas companhias de grupo tinham cerca de 139.000 funcionários, de acordo com seu relatório financeiro.
A Nissan reconheceu que estava expandindo excessivamente para atender metas numéricas, como ao depender de incentivos, no mercado dos Estados Unidos.
Ela vem revendo a estratégia de negócio expansionista liderada por Ghosn, que construiu a aliança tripla também envolvendo a Mitsubishi Motors e levou a um grupo automobilístico que foi o segundo maior do mundo no ano passado em termos de vendas de veículos.
No ano fiscal de 2018, a Nissan viu suas vendas globais de veículos caírem 4.4%, totalizando 5.52 milhões de unidades, incluindo uma queda de 9.3% nos Estados Unidos, com 1.44 milhão de unidades e uma diminuição de 14.9% na Europa, com 643.000 unidades.
Fonte: Mainichi