Os japoneses estão votando neste domingo (21) em uma eleição para a Câmara Alta do Parlamento, onde o bloco dominante do primeiro-ministro Shinzo Abe deve manter a maioria.
Disponíveis estão 124 assentos nas menos poderosas duas câmaras do Japão que não escolhem o primeiro-ministro. Há 245 assentos na Câmara Alta, cerca da metade dos quais são eleitos a cada três anos.
Pesquisas da mídia indicaram que o bloco dominante de Abe deve manter a maioria, visto que grande parte dos eleitores o considera uma escolha mais segura em relação a uma oposição com históricos incertos.
Partidos da oposição focaram em preocupações com finanças domésticas, como o impacto do planejado aumento do imposto sobre consumo para 10% em outubro deste ano e sistema público de pensão em meio a uma população em envelhecimento.
Abe levou o dominante Partido Liberal Democrático – LDP a cinco vitórias consecutivas de eleições parlamentares desde 2012.
Abe priorizou a revitalização da economia do Japão e aumentou de forma estável as defesas do país no cenário de ameaças de míssil e testes nucleares da Coreia do Norte e da crescente presença militar da China. Ele também mostrou suas habilidades diplomáticas ao cultivar relações cordiais com o presidente Donald Trump.
Abe espera ganhar assentos suficientes para aumentar as chances para uma revisão constitucional, sua meta tão desejada antes do fim de seu mandato em 2021.
Entretanto, Abe e seus apoiadores conservadores também enfrentam desafios porque os eleitores parecem mais preocupados com seus empregos, a economia e segurança social.
A fim de garantir dois terços da Câmara Alta, o bloco dominante de Abe e de apoiadores precisam de 85 assentos. Pesquisas da mídia indicaram que o LDP de Abe e seu parceiro de coalizão Komeito devem ganhar a maioria, mas é menos certeza que garantam uma supermaioria.
A principal oposição, o Partido Democrático Constitucional do Japão e três outros partidos se juntaram em alguns distritos. Eles também enfatizaram apoio à igualdade de gênero e questões LGBT – as áreas que os legisladores ultraconservadores de Abe são relutantes em apoiar.
Fonte: Asahi