Chuva pesada em Kyushu: feridos e mortos, ilhados e desastres

A chuva em Kyushu que só ocorre 1 vez a cada 50 anos causou perdas humanas, danos materiais e desastres.

Imagem aérea do hospital ilhado e faixas de óleo por causa do vazamento da metalúrgica (Mainichi)

A chuva pesada e intermitente em 3 províncias de Kyushu causou tragédia. Até a manhã de quinta-feira (29) foram registradas mortes de 3 pessoas, há uma desaparecida e uma em estado grave, além de inúmeros desastres.

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O Observatório de Meteorologia de Nagasaki informou na quinta-feira que é uma chuva histórica que só acontece 1 vez a cada 50 anos. 

Sem trégua as 3 províncias continuam sob as pancadas, aumentando ainda mais os riscos de desastres. 

Cidade inundada em Saga (RKB)

Em Omachi (Saga) uma metalúrgica foi alagada por causa da chuva torrencial e, em consequência, ocorreu vazamento de óleo. A polícia calcula que pelo menos 114 mil litros tenham ido para as inundações e rios, causando um desastre ecológico. Esse óleo chegou a um hospital inundado, aliás, ilhado com 200 pessoas. Os pacientes do piso térreo foram removidos para o segundo andar.

Deslizamento destruiu templo em Takeo, província de Saga (Saga Shimbun)

Segundo levantamento do jornal Mainichi foi dada ordem de evacuação para 875.800 pessoas das 3 províncias do norte de Kyushu. 

Tráfego interrompido pela deformação das pistas da via expressa de Nagasaki, na altura de Takeo (Saga Shimbun)

Em Hirado (Nagasaki) o índice pluviométrico chegou a 527mm, até as 10h de quarta-feira (28). 

As autoridades locais pedem à população que continue em vigilância.

Veja as faixas pretas do óleo sobre o local inundado, em vídeo do jornal Asahi.

Assista ao documentário da situação de quarta-feira, da emissora local de Fukuoka e Saga, RKB TV.

https://youtu.be/cAByK763C1U

Fontes: NHK, Mainichi e Saga Shimbun

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Glória do primeiro brasileiro nomeado Embaixador do Sushi no Brasil e Portugal

Publicado em 29 de agosto de 2019, em Comunidade

Dono de uma escola de sushi de Nagoia, foi condecorado como Embaixador do Sushi do Japão, o primeiro brasileiro da história a ser nomeado e homenageado.

André N. Kawai, o primeiro Embaixador do Sushi brasileiro, com seus certificados (cedida)

No sábado (23) o dono do Nagoya Sushi School, André Nobuyuki Kawai, 44, do Rio de Janeiro, 29 anos, residente em Komaki (Aichi), teve uma grata surpresa. Depois do World Sushi Cup seu nome foi chamado para a entrega do diploma de Embaixador do Sushi no Brasil e em Portugal, além de dois certificados de gratidão pela sua contribuição. 

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Diploma de Embaixador do Sushi em inglês e certificado de gratidão (cedida)

“Essa conquista foi além do que almejei, nunca botei no meu coração que chegaria aí. Tive preconceito por parte dos japoneses, mas venci e hoje conheço todas as maiores autoridades do sushi”, revela. 

Com seu jeito tranquilo e positivo o chef e professor André contou que não conteve as lágrimas de emoção. Confessou “fui além das minhas expectativas”, pois esse título foi concedido pelo World Sushi Skills Institute, ligado ao Ministério da Agricultura e Piscicultura do Japão. 

Outro certificado (cedida)

O embaixador é o profissional que organiza os eventos de sushi, da associação do sushi, além de entrar para o corpo de jurados, no país lusitano e também na sua terra natal.

De chef de sushi a embaixador

Para Kawai o ano de 2015 foi marcante. Foi o primeiro brasileiro a obter a proficiência do sushi. A Associação Geral do Sushi, em Tóquio aplica, um dia de prática, com manipulação e higiene do peixe cru, e um de teórica. Nesse aspecto precisa saber de detalhes do shari (arroz para sushi), entre outras. 

Também obteve o Kuro Obi. Esse título o incluiu como itamae (chef de sushi), qualificando-o ao lado dos colegas japoneses. 

De churrasqueiro ao caminho do fortalecimento 

O dono e professor do Nagoya Sushi School conta que nem tudo foi fácil. Mas desde criança achava o chef vestido de roupa branca, muito bonito. Parece que era um sonho escondido. 

No Japão desde 1991 boa parte da trajetória profissional foi com alimentos. Foi churrasqueiro em diversos estabelecimentos por cerca de 12 anos. Teve seu próprio restaurante na época da crise, o Rota 51, em Iwakura (Aichi). Mas sofreu um acidente por causa do vazamento do gás carbônico e quase morreu. Passou a se dedicar a ser aluno dos cursos de sushi. 

Até que em 2009 começou a dar cursos em sala alugada, na cidade de Komaki (Aichi). Dois anos depois, em 2011, inaugurou a escola em Marunouchi, onde está até hoje. 

Embora fosse o dono da escola quem dava aula era um mestre japonês. “Até que ele dissesse ‘você está pronto para dar aula’ levou uns 5 a 6 anos”. É como se fosse um teste diário de resistência à pressão e para ver o quanto estava me fortalecendo interiormente.

Espírito de itamae

Kawai explica “venho de cultura japonesa, estudei em escola militar, sempre soube manejar a hierarquia muito bem. Por isso, pra mim não foi difícil, mesmo o professor sendo rígido. Tem que ser forte diante do chef japonês. Pois ele chama à atenção todos os dias”.

“Uma vez em Tóquio o chef me deu uma caixa de kohara, um tipo de peixe pequeno, com umas 30 unidades e disse para limpar em 15 minutos. E eu perguntei ‘15min.?’, foi quando ele respondeu ‘agora são 10’. Ou seja, ao invés de responder ‘hai’ e fazer logo perdi tempo perguntando. Isso acontece pra ver se aguenta a pressão”, relembra.

André N. Kawai com um dos certificados entre o presidente e diretor da entidade (cedida)

Além disso, superou o preconceito por ser estrangeiro em um meio tipicamente japonês. “Já era para ter parado há muito tempo, pois foram muitos sofrimentos, mas superei”, pontua.

Das lições aprendidas dos ancestrais ele revela que nunca vai parar de estudar, para se atualizar e incorporar coisas novas. 

Mais de 1.000 alunos e divulgação do sushi

Repassa não só os conhecimentos técnicos mas também essa cultura tradicional japonesa. “Já passaram mais de mil alunos”, conta feliz. E se sente orgulhoso de ter tantos alunos como chefs ou donos de restaurante em Portugal, Itália e Brasil.

Para ele essa conquista de agosto foi algo inesperado. “Sabia que existe mas nunca imaginei que iria ser reconhecido”, revela. Foi o fruto de muitos anos de paciência oriental e dedicação para consigo mesmo e com os alunos. Também de tanto acompanhar os mestres japoneses no Brasil e Portugal para cursos e workshops.

Assista aos vídeos cedidos pelo Embaixador do Sushi no Brasil e em Portugal. O primeiro é em agradecimento à sua valiosa contribuição para a divulgação do sushi no exterior. O segundo também é em agradecimento à propagação das técnicas e higiene do sushi de forma valiosa em várias partes do mundo.

[videopress YxoUkucV]

[videopress ieooNxVL]

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