Os idosos somaram 28,4% da população do Japão e 12,9% de sua força de trabalho em 2018, ambos níveis recordes, mostraram dados do governo no domingo (15).
O número de cidadãos com idade igual ou superior a 65 no país, que tem a maior população idosa do mundo, situou-se a 35.88 milhões, alta de 320.000 em comparação ao ano anterior, de acordo com dados divulgados pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicações antes do Dia do Respeito ao Idoso nesta segunda-feira (16).
A proporção de idosos continuou bem acima de 23% na Itália, a segunda sociedade mais idosa, e 22,4% em Portugal que ficou em terceiro.
O número de japoneses com idade igual ou superior a 90 chegou a 2.31 milhões, incluindo mais de 71.000 centenários.
O Instituto Nacional de Pesquisa de Segurança Social e Populacional projeta que os idosos do Japão formarão 30% da população total em 2025 e 35,3% em 2040.
A proporção de idosos que trabalham aumentou pelo 15º ano consecutivo enquanto o país enfrentou uma acentuada escassez de mão de obra. Dos 8.62 milhões de idosos com trabalho, 3.50 milhões eram mulheres.
A nação depende cada vez mais de idosos na força de trabalho
O governo já introduziu uma série de medidas para compensar a queda da mão de obra, como aceitar mais trabalhadores estrangeiros e promover a participação das mulheres no mercado de trabalho.
Mesmo assim, o Japão deve enfrentar uma escassez de 6.44 milhões de trabalhadores em 2030, de acordo com uma estimativa da Persol Research and Consulting e da Universidade Chuo.
O governo disse em maio que planeja pedir às empresas que contratem funcionários até 70 anos como parte das medidas para lidar com a grave escassez de mão de obra em meio ao rápido envelhecimento populacional.
O governo do primeiro-ministro Shinzo Abe também planeja pedir às empresas que ofereçam suporte aos funcionários aposentados para encontrar novos trabalhos, começarem seus próprios negócios ou trabalharem como freelance.
No ano que vem, o governo planeja apresentar um projeto de lei na assembleia para revisar leis relacionadas, mas não haverá penalidades nesse estágio mesmo se as empresas falharem em cumprir.
Fonte: Jiji, Japan Times