Com o aumento dos residentes estrangeiros, vindos para trabalhar no Japão, o governo realizou uma ampla e detalhada pesquisa sobre as crianças estrangeiras em idade escolar do primário e ginásio, que estão dentro de fora das instituições de ensino.
Pela primeira vez foi implementada uma pesquisa ampla e detalhada das 124 mil crianças em idade escolar, com base nos registros de residência, matriculadas ou não nas escolas primária e ginasial, tanto da rede pública, quanto privada e nas instituições em outros idiomas.
22 mil crianças estrangeiras fora da escola
A pesquisa foi feita em maio deste ano com os conselhos de educação de todos os municípios do país. Soube-se que são 101.400 matriculadas e frequentando escolas públicas, particulares e estrangeiras.
Atualmente são cerca de 20 mil estrangeiros na idade escolar matriculados e frequentando as escolas.
Mas, do universo de 22.600 crianças, mil não estão frequentando nenhuma escola, não se consegue contato com os pais ou responsáveis de 18.654, por isso, não se sabe da condição, e cerca de 3 mil se mudaram ou deixaram o país sem nenhum comunicado.
Os maiores números de crianças em condições não sabidas são nos grandes centros onde há mais residentes estrangeiros, como em Tóquio com 7.898 delas ou Kanagawa com 2.288. Mas também aparecem em outras províncias como de Kyushu, como 210 em Fukuoka.
Problemas nas escolas e nos municípios
De acordo com a pesquisa, os municípios que não enviaram informações sobre a admissão na escola para as famílias estrangeiras com crianças em idade escolar somam ⅔ no total.
Soube-se que o número de crianças e adolescentes do primário ao colegial que necessitam de suporte e ensino do idioma japonês chega a 57,59 mil, recorde no país. Dentre eles, 44,85 mil são estudantes estrangeiros.
A realidade é que não há professores suficientes e os que realizam essa atividade de ensino do idioma não têm recebido suplementação.
Palavra de ordem de Abe: diversidade
Ficou claro, nessa pesquisa, que esses adolescentes que encontram dificuldade abandonam o colegial e o quadro se agrava quando buscam colocação no mercado de trabalho, de forma irregular.
Com a forte intenção de aumentar ainda mais o número de estrangeiros residentes, tanto que ocorreu uma reforma na lei, o apoio à educação passou a ser fundamental para o país.
O Primeiro-Ministro Shinzo Abe enfatizou em sessão plenária, durante a reunião extraordinária, na quarta-feira (30), a necessidade de erradicar a discriminação e o preconceito, citando a diversidade como a palavra-chave da atualidade.
Fonte: Nishi Nippon