A Praça de São Marcos, em Veneza, na foto tirada na acqua alta de 2017, mês de novembro (ilustrativa/banco de imagens PM)
Veneza fechou a Praça de São Marcos no domingo (17), visto que a cidade sofreu uma terceira grande inundação em menos de uma semana, enquanto a chuva atingiu o resto da Itália e alertas foram emitidos em Florença e Pisa.
Publicidade
A cidade de Veneza foi atingida por uma “acqua alta”, ou água alta, de 150cm, menor do que a de terça-feira que chegou a 187cm – o nível mais alto em 50 anos – mais ainda perigosa.
“A Praça de São Marcos está fechada. Segurança primeiro”, disse Luigi Brugnaro, prefeito de Veneza, enquanto o nível da água começou a invadir a já devastada cidade histórica onde autoridades declararam um estado de emergência.
Com quatro marés acima de 140cm desde 11 de novembro, essa é a pior semana para marés altas em Veneza desde 1872 quando estatísticas oficiais foram produzidas pela primeira vez.
Equipes de emergência removeram as passagens temporárias da Praça de São Marcos quando a água começou a subir no domingo, sendo que somente policiais e soldados podiam ser vistos por volta do meio-dia.
O grande local turístico já havia sido fechado por várias horas na sexta-feira (15) quando fortes tempestades e ventos atingiram a região, deixando-o quase submerso pelas marés de tempestade.
Igrejas, lojas e casas na cidade que é Patrimônio Mundial da UNESCO também foram inundados.
Um massivo projeto de infraestrutura chamado Mose esteve em curso desde 2003 para proteger a cidade, mas o empreendimento multibilionário foi assolado por custos excessivos, escândalos de corrupção e atrasos.
A maioria dos caixas eletrônicos da cidade não estão funcionando por causa dos danos causados pela água, tornando a vida mais difícil para turistas e residentes locais.
Hotéis reportaram cancelamentos de reservas, algumas até para dezembro, após a disseminação de imagens de Veneza debaixo d’água.
Fonte: The Guardian