Design revolucionário promete dar fim aos enjoos em navios de cruzeiro

Ao contrário de um navio tradicional, que se move para cima e para baixo enquanto viaja pelas ondas, o X-Bow as “perfura” e dispersa sua energia para as laterais do navio.

Muitas pessoas sofrem com enjoos em viagens de cruzeiro (ilustrativa/banco de imagens PM)

Uma das principais razões pelas quais algumas pessoas não reservam cruzeiros é o fato de sentirem enjoos no navio.

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Entretanto se um novo navio chamado X-Bow cumprir o que promete, isso poderia ser um problema do passado.

A Ulstein, empresa de construção de navios sediada na Noruega, desenvolveu a embarcação para tornar a experiência no mar mais fácil para pessoas que normalmente sentem enjoos, enquanto garante que todo o desfrute de cruzeiro seja mais agradável para todos a bordo.

O X-Bow, um navio construído na Noruega que pode mudar as viagens de cruzeiro para sempre (Aurora Expeditions via CNN)

Ao contrário de um navio tradicional, que se move para cima e para baixo enquanto viaja pelas ondas, o X-Bow as “perfura”  e dispersa sua energia para as laterais do navio. Isso significa que há menos movimento de balanço, o que em troca diminui os enjoos.

Ele também elimina o “estrondo” que se sente após atingir uma onda particularmente forte e portanto torna a viagem mais suave e consistente.

O nome de um dos X-Bow, Greg Mortimer (Aurora Expeditions via CNN)

O primeiro X-Bow que fará sua estreia no mercado de consumidores é o Greg Mortimer da Aurora Expeditions, especializada em cruzeiros para a Antártida. Com seu nome em homenagem a um dos primeiros australianos que escalaram o Monte Everest, ele partiu de Ushaia, na Argentina, em 31 de outubro.

Enquanto alguns viajantes possam começar a se sentir mal simplesmente ao colocar os pés a no navio, a Passagem de Drake – que se estende pela metade do caminho entre a América do Sul e a Antártida – é conhecida por ser uma travessia especialmente traiçoeira mesmo para os velejadores mais experientes.

É por isso que Victoria Primrose, líder do mercado global, e sua equipe na Aurora estavam dispostos a dar uma oportunidade para o novo navio.

O design diferente do X-Bow também exigiu uma reconsideração do interior do navio.

“Como perdemos o convés construímos o que chamamos de “winglets” (componente aerodinâmico) na frente para que os passageiros possam ter vistas exteriores”, explica Primrose. “Mas quando o navio está parado temos plataformas hidráulicas que saem dos lados e ficam planas”.

O navio inclui “winglets” que permite aos passageiros ficarem mais perto da natureza (Aurora Expeditions via CNN)

A viagem de estreia do Greg Mortimer tem um itinerário de 12 dias, embora a Aurora não ofereça mais itinerários onde passageiros também podem visitar as Ilhas Farklands.

A Antártida tem regras rigorosas sobre manter pequenos os tamanhos de grupos, então o Greg Mortmier só tem 122 camas, suficientes para 100 passageiros, o limite máximo diário, e o restante é a tripulação. Há somente um restaurante, onde tripulação e passageiros fazem as refeições juntos, criando um sentimento de intimidade a bordo.

Fonte: CNN Travel

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Aomori, uma das cidades onde mais neva no mundo

Publicado em 23 de novembro de 2019, em Curiosidades

A chamada “neve de efeito mar” no Japão deixa grande parte da cidade de Aomori coberta com uma grossa camada de neve durante o inverno.

Área do Asamushi Onsen em Aomori (banco de imagens)

Seis metros de altura de neve – suficientes para cobrir uma casa de dois andares.

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Essa é a quantidade de neve que caiu no ano passado na cidade de Aomori (província homônima), no norte da região Tohoku. Mas esse foi somente um inverno qualquer nessa cidade costeira que é lar para cerca de 300 mil pessoas.

Todos os anos essa cidade sofre fortes nevascas, tornando Aomori uma das principais cidades onde mais neva no mundo e uma curiosa escolha de viagem.

A queda de neve extrema é causada pelos ventos gélidos siberianos que passam pelo Japão a partir do nordeste todo mês de novembro. Quando o ar frio atravessa as águas mais quentes ao largo da área costeira montanhosa do Japão, ele acumula umidade, então sobe e se transforma em neve.

E muita neve. Nos primeiros meses deste ano a cidade de Aomori foi coberta por mais de 2,4 metros de neve.

A chamada “neve de efeito mar” no Japão deixa grande parte da cidade de Aomori e seus subúrbios cobertos com uma grossa camada de neve durante o inverno.

O chão fica quase completamente branco até abril. Telhados cobertos. Calçadas ficam obstruídas. Muitas ruas no centro da cidade são definidas pelas paredes de gelo compacto que ficam mais altas cada vez que veículos removedores de neve tentam abrir o caminho.

Um paraíso de inverno

Apesar das constantes tempestades de neve, a cidade de Aomori não se abate na época de inverno.

Pelo contrário, ela se transforma em um paraíso de inverno para esquiadores e outros turistas que buscam aventuras.

Muitos visitantes vêm para degustar alguns dos melhores e mais frescos frutos do mar do Japão. Vendedores os comercializam em grandes quantidades ou por unidade em Furukawa, o mercado central de frutos do mar da cidade.

A especialidade local é o nokke don, uma tigela de arroz com várias coberturas – como atum, polvo ou ouriço-do-mar – que o visitante pode escolher de barracas.

Táxis à noite na neve em Aomori (banco de imagens)

‘White Impulse’

Viajar para Aomori não é difícil, mesmo quando está nevando. Leva-se em torno de três horas de trem-bala partindo de Tóquio.

Ou é possível ir de avião até o principal aeroporto da cidade, o Aomori Airport, que opera cerca de 20 voos por dia.

O aeroporto funciona bem mesmo no inverno por causa da massiva equipe de remoção de neve do local, chamada White Impulse.

A equipe de 120 pessoas opera dezenas de removedores de neve várias vezes ao dia para manter a pista livre durante o pior clima de inverno.

Em mais de duas décadas de operações no Aeroporto de Aomori, nenhum voo sofreu atraso ou foi cancelado por causa de neve na pista, disse Daishuke Saito, da equipe White Impulse.

“Quando vejo aviões pousando e decolando de forma segura por causa do que fazemos, isso me deixa orgulhoso. É um sentimento real de conquista”, disse ele.

Caminhão descarregando neve no mar (CNN)

Uma limpeza de neve de 35 milhões de dólares

Certamente que a remoção de neve da pista e das ruas em torno da cidade de Aomori resolve apenas parte do problema – ela tem que ir para algum lugar.

Para evitar o acúmulo, caminhões de plataforma transportam o excesso de neve para o porto ao longo da área costeira norte, na Baía de Mutsu. Lá a neve é descarregada no mar.

Os caminhões operam o dia inteiro, todos os dias.

No inverno passado, a operação de remoção de neve na cidade de Aomori custou 35 milhões de dólares, de acordo com autoridades locais.

Fonte: CNN Travel

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