Elefantes no Parque Hwange no Zimbábue (ilustrativa/banco de imagens PM)
Mais de 200 elefantes podem ter morrido em meio à severa seca, disse a agência dos parques do Zimbábue na terça-feira (12).
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Tinashe Farawo, porta-voz dos Parques Nacionais do Zimbábue e Autoridade de Gestão de Vida Selvagem, disse que pelo menos 200 elefantes morreram no vasto Parque Nacional Hwange só em outubro e outros parques estão sendo afetados.
Animais incluindo girafas, búfalos e impalas também estão morrendo, e a situação só pode melhorar se a chuva retornar.
“Quase todos os animais estão sendo afetados”, disse ele. “Certamente que os elefantes são facilmente percebidos durante patrulhas, mas algumas espécies de pássaros estão sendo afetadas porque elas podem se reproduzir somente em certas alturas de árvores a essas estão sendo derrubadas pelos elefantes”.
Muitos animais estão se afastando dos parques do Zimbábue em direção a comunidades nas proximidades em busca de alimento e água. A agência dos parques disse só neste ano 33 pessoas morreram em decorrência de conflitos com animais.
A agência disse que planeja mover 600 elefantes, leões e outros animais do Savé Valley Conservancy no sudeste para parques menos congestionados. Cães selvagens, 50 búfalos, 40 girafas e 2.000 impalas também serão transferidos, disse Farawo.
O número estimado de elefantes no Zimbábue é de 85.000, atrás apenas do Botsuana com mais de 130.000.
O Zimbábue disse que está com dificuldades de lidar com o crescente número de elefantes selvagens e quer ter permissão para vender seu estoque de marfim e exportar elefantes vivos a fim de levantar fundos para conservação e abrandar o congestionamento nos parques afetados pela seca.
O país exportou 101 elefantes entre 2016 e 2019, principalmente para a ilha principal da China e os Emirados Árabes Unidos, levantando mais de US$3 milhões para esforços de conservação, de acordo com a agência dos parques.
Fonte: Mainichi