Mau tempo desloca embarcação presa há 100 anos nas Cataratas do Niágara

O mau tempo em 31 de outubro empurrou a embarcação de sua posição rochosa para mais perto das cataratas no lado canadense.

Cataratas do Niágara (banco de imagens PM)

Uma embarcação presa acima das Cataratas do Niágara há mais de 100 anos foi desatracada por fortes ventos e chuva.

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O mau tempo em 31 de outubro empurrou a embarcação de sua posição rochosa para mais perto das cataratas no lado canadense, de acordo com a Comissão do Niagara Parks.

Em mais de um século essa é a primeira vez que ela se moveu a uma distância significante, de acordo com a CBC afiliada da CNN.

Em um vídeo produzido pela Comissão do Niagara Parks em 1º de novembro, um oficial, Jim Hill, disse que a barcaça, enquanto não esteja em movimento atualmente, parece ter “tombado para o lado e girado”.

A história de como a barcaça ficou presa acima das cataratas faz parte da sabedoria popular local. Ela envolve o resgate de dois homens da vizinha Buffalo, de acordo com Hill, que é o gerente sênior do patrimônio com a Comissão do Parks.

Em 1918, uma embarcação conhecida como barcaça descartada se desconectou de seu  rebocador – com dois homens a bordo – durante uma operação de dragagem, de acordo com a Comissão, uma agência do Ministério de Ontário de Turismo, Cultura e Esportes. A barcaça ficou presa no Rio Niágara, a cerca de 600 metros da Horseshoe Falls, uma das três cataratas separadas que forma as de Niágara.

Agências da lei começaram a vasculhar para resgatar os homens, James Harris e Gustav Lofberg. Um barco de resgate não foi considerado seguro ou mesmo viável para tentar. Ao invés disso, boias foram lançadas – mas as cordas ficaram emaranhadas, de acordo com a linha do tempo que a Comissão do Parks publicou para o 100º aniversário.

Com a ajuda de um corajoso veterano da 2ª Guerra Mundial William “Red” Hill, as cordas foram desenroscadas e os homens finalmente resgatados no dia seguinte.

Enquanto o barco de ferro se deteriorou muito por causa do tempo que ficou exposto aos elementos, ele continuou firmemente preso a um afloramento rochoso desde agosto de 1918. Foi aí, até 31 de outubro – Halloween – quando rajadas e forte chuva atingiram as cataratas, e o restante da barcaça.

Funcionários do Niagara Parks continuam monitorando a atividade da barcaça, caso ela se mova novamente. Hill diz que os restos podem ficar presos em sua nova posição “por dias ou anos. É difícil saber”.

Fonte: CNN

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Furacões maiores e danosos são 3 vezes mais frequentes do que há 100 anos

Publicado em 5 de novembro de 2019, em Notícias do Mundo

Usando um novo método de cálculo de destruição, os cientistas dizem que o aumento na frequência é “indiscutível”.

Imagem do furacão Irma que causou destruição na Flórida em 2005 (banco de imagens PM)

Os maiores e mais danosos furacões são agora três vezes mais frequentes do que eram há 100 anos, dizem pesquisadores.

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Usando um novo método de cálculo de destruição, os cientistas dizem que o aumento na frequência é “indiscutível”.

Tentativas anteriores para isolar o impacto da mudança climática sobre os furacões geralmente vêm com resultados conflitantes.

Entretanto, o novo estudo diz que o aumento nos danos causados por esses ciclones enormes está ligado ao aquecimento global.

Furacões ou ciclones tropicais são os desastres naturais mais destrutivos. Os danos causados pelo furacão Katrina em 2005 foram estimados em US$125 bilhões, ou cerca de 1% do PIB dos Estados Unidos.

Uma das maiores questões que os cientistas discutem é como comparar eventos de tempestade a partir de áreas diferentes. O aumento de danos financeiros registrados ao longo do último século simplesmente se deve ao fato de que há agora mais pessoas vivendo nos caminhos de furacões, que geralmente são as mais ricas?

Pesquisa anterior concluiu que o aumento nos danos estava relacionado à riqueza, e não a qualquer mudança estatisticamente significante na frequência.

Entretanto, o novo relatório desafia essa visão.

Ao invés de olhar para os danos econômicos, os autores olharam para a quantidade de terra que foi totalmente destruída em mais de 240 tempestades entre os anos 1900 e 2018, com base em dados de indústrias de seguros.

Como exemplo, os pesquisadores examinaram o furacão Irma que atingiu a Flórida em 2017.

Cerca de 1,1 milhão de pessoas estavam vivendo dentro dos 10.000Km² mais próximos de onde a tempestade tocou o solo.

Com a riqueza per capita estimada em US$194.000, os cientistas concluíram que a riqueza total nessa região de 10.000Km² foi de US$215 bilhões.

Como a tempestade causou US$50 bilhões em danos, isso foi 23% da riqueza na região. Tirando 23% dos 10.000Km² deu uma área de destruição total de 2.300Km².

Ao trabalhar com números similares para acontecimentos em todo o último século, os pesquisadores foram capazes de fazer o que eles chamam de comparações mais realísticas em termos de danos ao longo das décadas.

Os autores descobriram que a frequência dos furacões mais destrutivos havia aumentado em uma proporção de 330% por século.

E eles acreditam que isso se deve principalmente ao aumento das temperaturas.

“Nossos dados revelam uma tendência positiva emergente em danos os quais atribuímos a uma mudança detectável em tempestades extremas devido ao aquecimento global”, escreveram.

Os cientistas envolvidos acreditam que o novo método deles é sólido e oferece uma imagem mais precisa do que está acontecendo com as piores tempestades.

“O novo método de observar as frequências é realmente robusto”, disse Aslak Grinsted, da Universidade de Copenhague, que realizou o estudo.

“O aumento na frequência não está apenas no meu conjunto de dados, mas também está presente em outros, então ela é extremamente robusta, e acredito que ajudará a torná-la mais aceitável”.

O estudo foi publicado no jornal PNAS.

Fonte: CNN

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