O papa Francisco se encontrou nesta segunda-feira (25) com vítimas do desastre de março de 2011 que devastou o nordeste do Japão.
A reunião em Tóquio foi organizada porque o papa desejava se encontrar com aqueles que sofreram do que ele chama de “triplo desastre” envolvendo o terremoto, tusnami e fusão da planta nuclear de Fukushima.
Na primeira visita papal em 38 anos, conduzida sob o tema “Proteja Toda a Vida”, o papa queria visitar as áreas atingidas pelo desastre, mas não será possível por causa de sua agenda apertada, de acordo com pessoas próximas a ele.
O pontífice de 82 anos também realizará uma missa no Tokyo Dome e terá um encontro privado com o imperador Naruhito e o primeiro-ministro Shinzo Abe.
Também há rumores de que ele se encontrará com pessoas condenadas à morte e fará comentários criticando a pena capital, que é praticada no Japão com significante apoio público.
No domingo (24) o papa discursou para os sobreviventes dos bombardeios em Nagasaki e Hiroshima – onde ele atacou o “crime” de usar energia nuclear como arma.
Francisco desejava uma viagem ao Japão desde a época que era um jovem missionário. Ele descreve seus sentimentos de “carinho e afeição” pelo país, onde os católicos são minoria.
Há cerca de 440 mil japoneses católicos no país.
O ponto central comovente de sua visita foi a viagem inicial a Nagasaki, cidade eternamente associada à bomba nuclear que eventualmente matou pelo menos 74 mil pessoas.
Em Nagasaki, o papa disparou o conceito de dissuasão nuclear e orou na chuva por aqueles que morreram no “horror indescritível” da bomba.
Ele então viajou a Hiroshima, a primeira cidade a sofrer o ataque atômico, onde ele denunciou como “crime” o uso de energia nuclear como arma.
Em ambas as cidades ele se encontrou com pessoas que sobreviveram aos bombardeios, e ouviu suas histórias de horror.
No dia final de sua visita na terça-feira (26) ele se reunirá com estudantes da Universidade Sophia antes de concluir seu tour asiático.
Fonte: Japan Today