No estudo publicado online em 9 de dezembro no Cancer, um jornal da Sociedade Americana do Câncer, o risco geral da doença pareceu ser o menor em consumo zero de álcool.
Embora alguns estudos tenham relacionado o consumo limitado de álcool a menores riscos de certos tipos de câncer, mesmo o consumo leve a moderado foi associado a um risco maior de câncer em geral.
Par estudar a questão no Japão, Masayoshi Zaitsu, PhD da Universidade de Tóquio e da Escola de Saúde Pública Harvard T.H. Chan e seus colegas examinaram informações de 2005 a 2016 de 33 hospitais gerais em todo o arquipélago.
Os pesquisadores examinaram dados coletados entre 2005 e 2016 de adultos com idade igual ou superior a 20 anos que deram entrada em 33 hospitais gerais em todo o Japão.
Do total de participantes, 63.232 tinham câncer e o mesmo número não tinha a doença. Aqueles que não tinham câncer estavam em conformidade com os outros participantes em termos de sexo, idade e data que foram hospitalizados.
Todos os participantes relataram suas quantidades médias diárias de unidades de álcool padronizadas e a duração do consumo. Um drink padronizado contendo 23 gramas de etanol era equivalente a um copo de 180ml de saquê, uma garrafa de 500ml de cerveja, um copo de 180ml de vinho ou um copo de 60ml de uísque.
O risco geral de câncer pareceu ser o menor no consumo zero de álcool, e houve uma associação quase linear entre o risco de câncer e o consumo de álcool.
A associação sugeriu que um nível leve de consumo a um ponto de 10 anos de bebida (por exemplo, um drink por dia por 10 anos ou dois drinks por dia durante 5 anos) aumentaria o risco geral de câncer em 5%.
Aqueles que consumiram dois ou menos drinks por dia tiveram risco elevado de câncer independentemente de quanto tempo eles consumiram álcool. Além disso, análises classificadas por sexo, comportamentos de bebida e fumo, e classe ocupacional em sua maioria mostraram os mesmo padrões.
O risco elevado pareceu ser explicado pelo risco de câncer relacionado ao álcool por locais relativamente comuns, incluindo o colo e reto, estômago, mama, próstata e esôfago.
“No Japão, a causa primária de morte é o câncer, disse Zaitsu. “Dada a atual carga de incidência geral de câncer, deveríamos encorajar ainda mais a promoção de educação pública sobre risco de câncer relacionado ao álcool”.
Os autores do estudo, no entanto, observaram que os japoneses têm uma prevalência maior de variações genéticas que tornam as pessoas mais lentas em metabolizar o álcool, o que pode significar que esses resultados não são generalizáveis a outras populações.
Entretanto, Zaitsu enfatizou que a moderação é importante para todos, não importando seu perfil genético. “Uma bebida por dia provavelmente não é um grande problema”, disse ele ao New York Times. “Mas beber muito ao longo de muitos anos pode ser perigoso. Gostamos de beber, mas devemos pensar sobre isso”.
Fonte: Science Daily, Harvard T.H. Chan