Izumo Taisha, um dos santuários mais importantes do Japão

Não há registros de exatamente quando o Izumo Taisha foi construído, mas ele é geralmente considerado o santuário mais antigo do Japão.

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O Izumo Taisha fica na província de Shimane e é um dos santuários mais importantes do Japão.

Não há registros de exatamente quando o Izumo Taisha foi construído, mas ele é geralmente considerado o santuário mais antigo do Japão, já estando em existência no início dos anos 700 como revelado pelas crônicas mais antigas da nação.

Izumo era dominada por um poderoso clã nas épocas pré-históricas, e a região representa um papel central na mitologia de criação do Japão.

A principal divindade (kami) consagrada no Izumo Taisha é Okuninushi no Okami. De acordo com os mitos de criação, Okuninushi foi o criador da terra do Japão e o governante de Izumo. Ele também se tornou conhecido como divindade das boas relações e casamento.

Consequentemente os visitantes batem palmas quatro vezes ao invés das usuais duas vezes durante suas orações: duas para eles mesmos e duas para seu (a) atual ou desejado (a) parceiro (a).

A estátua de Okuninushi à direita

Todos os anos, do 10º ao 17º dia do 10º mês lunar (que normalmente cai em novembro), oito milhões de divindades xintoístas de todo o arquipélago se reúnem em Izumo Taisha para uma reunião.

Essa é a razão pela qual o 10º mês lunar é conhecido como Kamiarizuki (mês com divindades) em Izumo, e Kannazuki (mês sem divindades) em qualquer outra parte no Japão. Como tradição, o Festival Kamiari é realizado no santuário durante esse período.

A principal aproximação ao santuário começa no portal (torii) gigante e em uma rua comercial com várias lojas e restaurantes.

A aproximação começa pelo torii bem lá ao fundo

No fim da rua fica uma enorme portal de madeira, o qual marca a entrada aos reais terrenos do santuário.

O grande torii de madeira

Continuando ao norte, a aproximação leva unicamente a uma descida a algumas dezenas de metros, em direção ao Matsu no Sando onde a trilha se divide em três faixas com duas fileiras de pinheiros.

A descida que leva até o Matsuo no Sando

Os visitantes evitam de pegar a faixa central, já que dizem ser o caminho reservado para as divindades.

Matsuo no Sando

Passando os pinheiros, finalmente está um portal de bronze, a entrada para o principal recinto do santuário.

Imediatamente após entrar, os visitantes vão se deparar com uma bela estrutura de madeira com uma corda de palha sagrada (shimenawa) pendurada na metade de seu comprimento.

Esse é o Salão de Veneração (Haiden). A shimenawa indica a presença de uma divindade e separa o espaço divino do reino mortal. Shimenawas grandes são uma característica da região de Izumo, encontradas também em outros santuários na área.

O Haiden

Atrás do salão de veneração fica o Salão Central (Honden) com 24 metros de altura, o que o torna o santuário mais alto no Japão. A título de curiosidade, ele era até consideravelmente maior no passado, acomodado em grandes pilares.

O Honden

A atual estrutura foi construída em 1744 em um estilo arquitetônico puramente japonês chamado Taisha-zukuri, o qual pré-data a chegada do Budismo ao Japão e as influências não nativas que ele teve na arquitetura do santuário.

O salão principal junto com alguns santuários menores são rodeados por dois conjuntos de cercas as quais demarcam santuários internos que não são acessíveis ao visitantes em geral.

É possível, entretanto, caminhar em volta da cerca externa e ver vários outros santuários que ficam em volta deles. Dentre eles estão duas estruturas de madeira longas em ambos os lados do santuário principal, chamadas de Jukusha, as quais servem como acomodações para as oito milhões de divindades quando elas de juntam no santuário para sua reunião anual.

Até 1744, o Izumo Taisha costumava ser reconstruído periodicamente como os Santuários de Ise. Desde então, a tradição foi mantida somente parcialmente com grandes renovações ao invés de reconstruções realizadas uma vez a cada cerca de 60 anos.

O Kaguraden

A mais recente renovação do tipo começou em 2008 e foi completada predominantemente na primavera de 2013 quando o andaime de construção em torno do salão principal foi removido e a divindade movida de volta para a construção.

No canto sudeste do santuário principal fica um salão dos tesouros o qual exibe pinturas, documentos e contêineres decorados luxuosamente, assim como um modelo e impressões de artistas de como Izumo Taisha pode ter parecido no passado quando ficava sobre pilares altos.

No leste do santuário fica o Museu de Shimane da Antiga Izumo onde os visitantes podem aprender ainda mais sobre o santuário e a região de Izumo.

Acesso de transporte público:

A partir da estação de Izumoshi:

O Izumo Taisha fica a vários quilômetros ao norte da estação de Izumoshi. Eles são conectados por ônibus diretos e pela Ichibata Railway.

Ônibus partem da parada número 1 em frente à estação Izumoshi a cada 30 minutos mais ou menos. A viagem só de ida até ao santuário leva cerca de 25 minutos e custa 520 ienes.

Pela Ichibata Railways, você pode chegar ao santuário em cerca de 20 minutos e a viagem só de ida custa 490 ienes. Uma baldeação é necessária na estação de Kawato ao longo do caminho. O santuário fica a uma distância de 5 minutos a pé da estação final, a Izumo Taisha-mae.

Izumo Taisha (出雲大社)

  • Sempre aberto
  • Entrada gratuita
  • Há estacionamento, mas atenção porque como o local é bem frequentado pode estar sem vagas
  • Site para informações: izumooyashiro
  • Toque aqui para abrir o mapa e ver a localização

Salão do Tesouro (Treasure Hall)

  • Funciona das 8h30 às 16h30
  • Não há dias de folga
  • A entrada custa 300 ienes

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Vestimenta ‘à prova de tubarão’ é desenvolvida por pesquisadores

Publicado em 2 de dezembro de 2019, em Notícias do Mundo

Roupa de mergulho que reduz a perda de sangue e ferimentos é testada com tubarões-brancos.

Um tubarão-branco (banco de imagens PM)

Uma roupa de mergulho “à prova de tubarões” feita de um material leve recém-desenvolvido poderia ajudar a salvar vidas ao reduzir a perda de sangue e outros ferimentos causados por mordidas de tubarões, dizem pesquisadores que escreveram na Plos One.

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A probabilidade de ser mordido por um tubarão é incrivelmente baixa e as chances de morrer em decorrência de ataques do animal é ainda menor – de acordo com o International Shark File, a probabilidade de morrer atingido por um raio é 47 vezes maior do que perder a vida por causa de uma mordida de tubarão.

Entretanto, os número estão aumentando.

Na Austrália, por exemplo, a incidência anual de mordidas de tubarão aumentou de 1 para 3 nos anos 1980 para mais de 10 nos anos 2010. No mundo, a proporção global de óbitos aumentou de 6 em 1982 para 14 em 2011.

Surfistas, praticantes de snorkeling e mergulho são os que correm mais risco, e foram as vítimas de 16, 33 e 35 por cento das mordidas de tubarão na Austrália entre 1982 e 2011. Na África do Sul e Ilha da Reunião, surfistas contaram por uma porcentagem ainda maior de vítimas de ataque de tubarão – 54 e 86 por cento, respectivamente.

Alguns sugerem que isso poderia ser causado por tubarões confundindo os surfistas com presas. Também é provável que o tempo maior que os surfistas passam na água – principalmente o tempo gasto logo pela manhã e tarde da noite – e a localização de pontos de surfe contribuam para essas casualidades.

Os problemas com as roupas de mergulho à prova de tubarões no momento são o volume e peso. Vestimentas de cota de malha criadas nos anos 1980 tem pouco uso prático com exceção quando são vestidas para alimentar tubarões. Entretanto, inovações na tecnologia permitem tecidos mais leves e resistentes que poderiam provar serem mais úteis.

Pesquisadores da Universidade Flinders, na Austrália, testaram nove variantes de dois tecidos que misturam polietileno de ultra-alto peso molecular (UHMWPE) – material que cuja descrição foi de ser 10 vezes mais forte do que o aço e 1.5 vez mais que o Kevlar – com neopreno, uma borracha sintética usada para fabricar roupas de mergulho.

Os pesquisadores testaram o material ao furá-lo e lacerá-lo no laboratório usando modelos em 3D, assim como experimentos em campo com tubarões-brancos de verdade e manequins de madeira.

Os tubarões- brancos foram escolhidos como sujeitos do teste já que eles contam por 41 por cento das mordidas não provocadas e 34 por cento de fatalidades relacionadas ao animal na Austrália – mais do que qualquer outra espécie.

Entretanto, enquanto o tecido faça um bom trabalho em reduzir a perda de sangue, pesquisadores dizem que mais estudo é necessário para ver o quão protetor é o material contra danos as tecidos humanos e outros ferimentos.

O gráfico abaixo (de junho de 2019) da Statista, mostra o número de ataques de tubarão que foram confirmados desde 1580.

Fonte: Newsweek

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