Desafiando a Comissão de Comércio Justo do Japão (FTC, na sigla em inglês) e arriscando uma reação negativa de vendedores, a gigante online Rakuten Inc. anunciou em 19 de dezembro que oferecerá um novo serviço de frete gratuito com início em 18 de março.
A operadora do Rakuten shopping mall notificou seus vendedores sobre a nova política, a qual garante frete gratuito em pedidos no valor igual ou superior a ¥3.980 ($36), incluindo imposto.
Muitos vendedores se opuseram ao plano, dizendo que isso os forçaria a arcar com os custos de envio.
A FTC também alertou a Rakuten que o novo serviço “poderia violar a Lei Antimonopólio” já que ela pode constituir “abuso de seus vendedores”.
Aparentemente, o alerta não fez a empresa mudar de curso.
A Rakuten havia anunciado anteriormente que o serviço de envio gratuito começaria em meados de março.
Mas na tarde de 19 de dezembro, somente horas após o jornal Asahi ter publicado uma reportagem que a Rakuten havia se consultado com a FTC sobre a legalidade da nova política e ter sido avisada que isso entraria em conflito com a lei, a companhia notificou vendedores sobre o início da data.
Além do panorama do plano anunciado, a Rakuten disse que os vendedores cujos envios se originam da província de Okinawa e ilhas remotas teriam permissão para estabelecer custos de envios a critério deles.
Um porta-voz da Rakuten disse que a empresa procederá enquanto mantém os clientes em mente.
“Beneficiar os clientes é a principal premissa (da nova política)”, disse o porta-voz.
“Temos tomado medidas enquanto nos comunicamos com os vendedores”.
Alguns vendedores não estão satisfeitos com as notícias.
Yuki Katsumata, que lidera a Rakuten Union, um grupo de pequenos e médios comerciantes no Rakuten shopping mall, disse, “como uma união, exigiremos que a Rakuten retraia o plano assim que possível”.
Fonte: Asahi