China interrompe serviços de transporte público em cidade de origem do novo vírus

O novo vírus, chamado por enquanto de 2019-nCoV, se espalha rapidamente pela China. Outros países como EUA e Japão também relataram casos.

O novo coronavírus, conhecido por enquanto como 2019-nCoV, se espalha rapidamente pela China (NHK World)

Wuhan, uma cidade chinesa de cerca de 9 milhões de pessoas, deve interromper o funcionamento de sua rede de transporte público temporariamente enquanto tenta deter o surto de uma nova estirpe de vírus.

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Às pessoas que moram na cidade foi aconselhado que não saiam de casa, em uma semana quando milhões de chineses estão viajando por causa do feriado de Ano Novo Lunar.

A doença respiratória se espalhou para outras partes da China, com alguns casos em outros países.

Há mais de 500 casos confirmados e 17 mortes.

Conhecido por enquanto como 2019-nCoV, sabe-se que o vírus é uma nova estirpe de coronavírus não identificada anteriormente em humanos. O vírus da SARS (síndrome respiratória severa aguda) que matou cerca de 800 pessoas globalmente no início dos anos 2000 também era um coronavírus, assim como é a gripe comum.

Todas as fatalidades até agora foram em Hubei, a província onde fica Wuhan.

Enquanto isso, após um dia de discussões em Genebra, na Suíça, o comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde – OMS anunciou que não vai declarar uma “emergência global” sobre o novo vírus.

O diretor-geral Tedros Ghebreyesus disse que mais informação era necessária sobre a propagação da infecção. O comitê de especialistas da saúde fará mais uma reunião na quinta-feira.

Uma emergência global é o nível mais alto de alarme que a OMS pode declarar e já foi usado antes em resposta à gripe suína, vírus Zika e ebola.

Quais medidas foram anunciadas?

Autoridades chinesas disseram que a partir desta quinta-feira (23), todos os serviços de voos e de trem de passageiros que saem de Wuhan seriam interrompidos.

Ônibus, metro e serviços de ferry também seriam suspensos a partir das 10h (horário local).

Um centro de comando especial em Wuhan instalado para conter o vírus disse que a medida era destinada a “conter determinadamente o momento da propagação da epidemia”.

Aqueles que vivem em Wuhan já haviam sido aconselhados a evitarem multidões e minimizar as aglomerações públicas.

A agência estatal Xinhua disse que atrações turísticas e hotéis na cidade haviam sido solicitadas a suspender atividades em grande escala enquanto bibliotecas, museus e teatros estavam cancelando exibições e performances.

Uma cerimônia de oração para o Ano Novo Lunar no Templo Guiyuan da cidade, que atraiu 700 mil pessoas no ano passado, também foi cancelada.

Ghebreyesus da OMS descreveu as medidas mais recentes como “muito fortes” e disse que elas “não controlariam apenas o surto, elas minimizarão a propagação internacionalmente”.

Autoridades chinesas disseram que o país estava agora no “estado mais crítico” de prevenção e controle.

“Basicamente, não vá a Wuhan. E aqueles em Wuhan, por favor, não saiam da cidade”, disse a vice-ministra da Comissão Nacional de Saúde Li Bin em uma das primeiras coletivas de imprensa desde o início do surto.

Fonte: BBC

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Secretaria de Saúde suspeita de coronavírus em Belo Horizonte

Publicado em 23 de janeiro de 2020, em Brasil

O caso segue sendo investigado e os exames para confirmar ou descartar a possibilidade de se tratar do coronavírus estão em andamento.

(Imagem ilustrativa/PM)

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais investiga suspeita do primeiro caso de coronavírus no Brasil.

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Trata-se de uma mulher brasileira de 35 anos que esteve recentemente na cidade chinesa de Shangai e chegou a Belo Horizonte no dia 18 de janeiro com sintomas respiratórios compatíveis com aqueles associados ao coronavírus.

O caso é tratado como suspeito e não como uma confirmação. A paciente foi levada ao Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, e as medidas assistenciais para redução de risco foram tomadas. Segundo a secretaria, a paciente está clinicamente estável.

A paciente relatou à equipe de Vigilância em Saúde da secretaria que não esteve na região de Wuhan, na China, onde foram registrados casos de transmissão ativa da doença. O caso segue sendo investigado e os exames para confirmar ou descartar a possibilidade de se tratar do coronavírus estão em andamento.

Apesar da investigação feita pela secretaria em Minas Gerais, o ministério da Saúde disse, em nota, que o caso “não se enquadra na definição de caso suspeito”. Ao fazer essa afirmação, a pasta considera o fato da paciente não ter estado em Wuhan.

“De acordo com a definição atual da Organização Mundial de Saúde (OMS), só há transmissão ativa do vírus na província de Wuhan”. O ministério também esclareceu que está monitorando a situação e outras medidas cabíveis serão tomadas assim que a OMS definir a situação de emergência.

Os sinais e sintomas clínicos do coronavírus, também chamado de pneumonia indeterminada, são, principalmente, febre, dor, dificuldade em respirar em alguns pacientes e infiltrado pulmonar bilateral.

Via Agência Brasil

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