Empresas japonesas transferem produção para fora da China

Algumas empresas japonesas não têm condições de esperar até que a crise seja contida, disseram analistas, e começam a mover suas produções para fora da China.

Mulher trabalhando em linha de produção de fábrica na China (ilustrativa/PM)

Fabricantes do Japão começaram a mover a produção para fora da China porque elas temem que o surto do coronavírus poderia prolongar os fechamentos de fábricas e causar ainda mais caos em suas redes de fornecimento.

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A transferência de produção para fora da China significa um aumento temporário nos custos e não é uma decisão fácil de ser tomada, mas algumas empresas não têm condições de esperar até que a crise seja contida, disseram analistas.

Companhias japonesas têm operações extensas na China, embora custos de trabalho aumentados e a guerra comercial entre Pequim e Washington terem levado algumas delas a transferirem a produção da segunda maior economia do mundo para o Vietnã ou outros lugares no sudeste asiático.

“Estamos preparando um plano de produção alternativa fora da China, principalmente para nossos produtos de dispositivos eletrônicos” no caso da suspensão nas redes de fornecimento continuar, disse Hirokazu Umeda, diretor financeiro da Panasonic, em uma recente coletiva de imprensa para anunciar os lucros de terceiro trimestre da gigante dos eletrônicos.

“Mas há eletrodomésticos que não podem ser fabricados fora da China e temos que considerar qual é a solução mais eficiente”, disse ele.

A atividade em fábricas na China paralisou e algumas plantas permanecem fechadas além do período estendido do feriado de Ano Novo Lunar, visto que as autoridades limitam o movimento de pessoas e produtos para conter o surto do coronavírus que causa pneumonia, o qual causou a morte de mais de mil pessoas e infectou cerca de 40 mil no país.

Fabricantes japonesas vêm sendo duramente atingidas pelo isolamento de Wuhan, o centro de negócios e logística onde o surto começou. A transferência temporária de produção para outros países e a continuação do pagamento de salários na China certamente elevarão os custos.

A grande fabricante de autopeças Aisin Seiki está transferindo parte da produção, já que atrasos no envio de peças da China espremeriam suas operações globais.

“Estamos tentando determinar quais produtos precisam ser fabricados em outros lugares porque mesmo se a produção na China parar, outras regiões estão operando”, disse o chefe de contas da companhia, Yuji Fukushige, acrescentando que uma transferência temporária de produção para o Japão é uma possibilidade.

A Toyota Boshoku, que também opera extensivamente na China, disse que está considerando mover para o Japão ou Tailândia a produção de capas para bancos de carros porque levará tempo para a logística na China normalizar mesmo após os funcionários retornarem ao trabalho.

Um executivo na grande fabricante de aparelhos de ar-condicionado Fujitsu General, que tem fábricas em Xangai e na província de Jiangsu, disse que está ponderando a produção na Tailândia, já que não há informação sobre quanto tempo a interrupção no transporte público da China continuará.

Algumas empresas estão movendo mais rapidamente porque elas começaram a elaborar planos de transferência após o início da guerra comercial entre EUA e China.

A Nintendo transferiu parcialmente a produção de seu console Nintendo Switch Lite para o Vietnã, enquanto a Sharp e a Ricoh moveram a produção para a Tailândia.

Se os riscos continuarem a aumentar, as empresas “podem começar a pensar duas vezes em relação a continuar comprometidas” com a China, disse Toru Nishihama, economista chefe no Dai-ichi Life Research Institute.

Ao contrário da epidemia da SARS de 2002-2003 é provável que leve muito mais tempo para a China conter o novo coronavírus, disse ele.

A longo prazo, Takuji Aida, economista chefe na Societe General Securities Japan, disse que empresas de pequeno e médio porte podem decidir mover suas operações da China de volta para o Japão.

Tais empresas tendem a ser mais flexíveis em atualizar suas instalações com tecnologias digitais e robóticas, e a redução nos custos de mão de obra que elas podem alcançar na China podem ser menores comparada com fabricantes de maior porte, disse ele.

“Certamente haveria custos iniciais de investimento (em uma transferência de produção), mas tecnologia robótica e da internet das coisas cada vez mais vêm sendo adotadas por fabricantes japonesas como uma maneira de resolver escassez de mão de obra” e poderia reduzir o atrativo da China para elas, disse Aida.

Fonte: Japan Times, Kyodo

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Período de incubação do novo coronavírus pode chegar a 24 dias, revela estudo

Publicado em 11 de fevereiro de 2020, em Ásia

A nova revelação emergiu em um estudo publicado na segunda-feira (10) por um grupo de pesquisadores chineses na medRxiv.

(Imagem ilustrativa/PM)

O período de incubação do novo coronavírus que atualmente está assolando a China pode ser de até 24 dias, revelou um novo estudo.

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Atualmente, cientistas acreditam que o novo coronavírus, o 2019-nCoV, tem um período de incubação – o tempo entre quando ele entra no corpo e o último ponto em que ele causa os sintomas – de cerca de 14 dias.

E qualquer pessoa com suspeita de estar infectada com o vírus mortal é colocada em quarentena por duas semanas, na China e em outros países.

Especialistas da Organização Mundial da Saúde – OMS sugerem que o período de incubação poderia refletir uma exposição dupla em um paciente. A organização disse que não estava considerando alterar o período recomendado de quarentena de duas semanas.

O número de pessoas que morreram vítimas do novo vírus chega a 1.000 e cerca de 40.640 infectadas globalmente.

As pessoas podem se infectar ao ficarem expostas à saliva que contém o vírus ou tocar superfícies contaminadas.

Oficiais em Pequim anteriormente afirmaram que a doença poderia ser contagiosa mesmo antes dos sintomas aparecerem.

A nova revelação emergiu em um estudo publicado na segunda-feira (10) por um grupo de pesquisadores chineses na medRxiv, um site preprint* para jornais médicos científicos.

O estudo foi escrito por 37 especialistas, incluindo o Dr. Zhong Nanshan, que é o chefe de uma equipe de especialistas médicos apontados pela Comissão Nacional da Saúde da China para lidar com o novo coronavírus.

A equipe coletou dados de 1.099 pacientes confirmados com o coronavírus em 552 hospitais em 31 províncias chinesas e municípios.

Análises descobriram que o período médio de incubação era de 3 dias – mais curto do que os 5.2 sugeridos em um relatório anterior – mas a variação do período de incubação de um paciente poderia se estender de 0 a 24 dias.

Entretanto, acredita-se que pouquíssimas pessoas doentes tenham apresentado sintomas após mais de 3 semanas porque o número médio está bem mais próximo do nível mais baixo.

O Dr. Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS afirmou que pacientes com longos períodos de incubação muito frequentemente poderiam ser pontos fora da curva, ou casos atípicos.

O novo estudo foi financidado por quatro autoridades chinesas: o Ministério da Ciência e Tecnologia, a Comissão Nacional de Saúde, a Fundação Nacional de Ciência Natural e o Departamento de Ciência de Tecnologia da Província de Guangdong.

O estudo não foi avaliado por outros cientistas e suas descobertas não deveriam ser usadas para guiar prática clinica, de acordo com o site.

Os autores também disseram que eles não poderiam descartar a presença de “superpropagadores”.

O prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, admitiu no mês passado que 14 médicos na cidade haviam contraído o vírus de um paciente porque o hospital havia negligenciado os sintomas do doente.

O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que há sinais preliminares de que o vírus está se estabilizando, mas afirma que pode haver mais infecções no exterior em pessoas que nunca viajaram para a China.

*Um preprint é um projeto de um artigo científico que não foi ainda publicado em um periódico científico com revisão por pares.
Fonte: Mail Online

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