Google e Microsoft aceleram transferência de produção para fora da China

Smartphones pixel e notebooks Surface “Made in Vietnam” são esperados em 2020.

Fachadas de unidades da Google e Microsoft (ilustrativa/PM)

A Google e a Microsoft estão acelerando esforços para transferir a produção de seus novos smartphones, computadores e outros dispositivos da China para o sudeste asiático em meio ao agravamento do surto de coronavírus, com fábricas no Vietnã e Tailândia podendo ser as beneficiárias, soube o jornal Asia Nikkei.

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A Google deve começar a produção de seus mais novo smartphone de baixo custo – que deverá chamar Pixel 4 – com suas parceiras no norte do Vietnã no mais tardar em abril.

A empresa também planeja fabricar seu próximo smartphone flagship de próxima geração – o Pixel 5, como poderá ser chamado – na segunda metade de 2020 diretamente da nação do sudeste asiático, disseram ao Asia Nikkei duas pessoas com conhecimento direto.

A Google pediu a uma antiga parceira de fabricação que ajudasse a preparar linhas de produção na Tailândia para seus produtos relacionados ao “smart home”, incluindo alto-falantes inteligentes ativados por voz como o Nest Mini. Os primeiros produtos devem começar a ser despachados no primeiro semestre de 2020, disseram fontes.

A Microsoft, que começou sua incursão em hardware de computador ano de 2012, deve começar a produzir sua linha Surface, incluindo notebook e computador de mesa, no norte do Vietnã no segundo semestre deste ano, disseram outras fontes familiares com o assunto.

“O volume no Vietnã seria menor no começo, mas a produção ganharia força e essa é a direção que a Microsoft quer”, disse um executivo da rede de fornecimento com conhecimento direto do assunto ao Nikkei.

Até agora a maioria, se não todos, os smartphones da Google e computadores da Microsoft vêm sendo fabricados na China. A guerra comercial entre EUA e China fez com que muitas indústrias – principalmente as de tecnologia – considerassem os riscos de dependência da China para produção. O coronavírus só somou às preocupações sobre concentrar produtos de forma pesada em um único lugar.

Comparadas com marcas da tecnologia com foco em hardware como a Apple, HP e Dell, empresas de internet como a Google a Microsoft são capazes de serem muito mais ágeis em mover a produção para fora da China, o maior centro de produção de eletrônicos do mundo, disseram ao Nikkei três executivos de redes de fornecimento.

“Esses recém-chegados realmente têm um senso de crise desde o conflito comercial” entre os EUA e a China, de acordo com uma fonte.

A pessoa acrescentou que as companhias continuaram com planos de transferir a produção para fora da China mesmo após Washington e Pequim terem firmado a primeira fase do acordo comercial em janeiro. “O surto de coronavírus só reforçou suas determinações”, disse a fonte.

A Microsoft até começou seu esquema de produção no Vietnã antes do planejado na sequência da propagação da epidemia, disseram fontes.

Contudo, como as fornecedoras de eletrônicos na China enfrentam dificuldades para retomar a produção em meio ao surto mortal de coronavírus, os esforços de diversificação da Google e da Microsoft também enfrentam desafios já que a maioria das peças e materiais necessários para a montagem final ainda são produzidas no país.

Fonte: Asia Nikkei

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Covid-19: Toyota diz que fábricas no Japão poderão ser afetadas por problemas de fornecimento

Publicado em 27 de fevereiro de 2020, em Sociedade

De acordo com um porta-voz da Toyota, a companhia está recebendo peças da China como de costume no momento, mas a situação será avaliada após a semana de 2 março.

A Toyota tem 16 fábricas de veículos e componentes no Japão (PM)

A Toyota Motor disse na quarta-feira (26) que as operações em suas fábricas no Japão podem ser afetadas nas próximas semanas por problemas nas redes de fornecimento ligados ao coronavírus, visto que o surto global ganha velocidade.

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A fabricante, que opera 16 fábricas de veículos e componentes no Japão, disse que decidiria sobre como continuar as operações em suas plantas nacionais a partir da semana de 9 de março, após manter a produção normal até a semana de 2 de março.

Fábricas podem ser afetadas por potenciais interrupções na China, visto que muitas plants no epicentro do surto do vírus continuam impossibilitadas de produzir e transportar produtos, enquanto algumas continuam fechadas sob ordens de autoridades regionais.

“Estamos recebendo peças da China como de costume no momento, mas avaliaremos a situação após a semana de 2 março”, disse um porta-voz da Toyota à Reuters.

O Japão é um grande local de produção para a companhia, contando por cerca da metade dos 10,7 milhões de carros que ela vendeu globalmente em 2019.

A fabricante também disse que cancelaria todas as viagens desnecessárias para funcionários no Japão, a mais recente medida aplicada por uma companhia global para reduzir as operações enquanto a velocidade do surto de coronavírus parece aumentar.

Fonte: Agência Reuters

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