A Itália aprovou na segunda-feira (16) €25 bilhões (US$28 bilhões) em medidas para ajudar a frágil economia a sobreviver ao coronavírus, visto que o número de mortos no país mais afetado da Europa pelo Covid-19 aumentou para mais de 2 mil.
O decreto ajudará financeiramente as famílias e empresas que enfrentam dificuldades após o governo, na semana passada, ter ordenado um isolamento severo do país inteiro para reduzir o contágio.
Enfatizando o desafio confrontando a Itália, a agência de Proteção Civil disse que o número de mortos havia saltado em 349 nas últimas 24 horas para 2.158, um aumento de 19%. A maioria dos mortos tem mais de 80 anos.
Entretanto, ao oferecer um raio de esperança, o número de novos casos aumentou somente 13% para 27.980 – a taxa mais baixa de crescimento desde 21 de fevereiro quando o primeiro contágio veio à tona.
Autoridades locais em uma das cidades mais afetadas, Bergamo, estavam enfrentando dificuldades para lidar com o aumento no número de mortos. Carros fúnebres estavam entrando em cemitérios locais ao longo do dia, enquanto o crematório local estava operando 24 horas.
Os necrotérios de hospitais e de cemitérios estavam lotados, o que significa que caixões estavam sendo dispostos em uma igreja na cidade.
“Em todas as igrejas não há mais bancos, somente caixões”, disse à agência Reuters Giacomo Angeloni, responsável pelos cemitérios de Bergamo. “A situação é dramática, mas estamos tentando manter a dignidade”.
Sicília isolada
Em um esforço para reduzir a propagação do vírus, o governo cancelou eventos de esportes, fechou restaurantes e a maioria das lojas no país, e pediu aos cidadãos que ficassem em casa.
Buscando evitar que pessoas sigam para Sicília, que conta por menos de 1% do número total de casos nacionais do vírus, o governo local cortou quase todas as ligações de viagem com a ilha principal.
“Não podemos brincar com o coronavírus”, disse o chefe regional Nello Musumeci.
Analistas dizem que a crise colocará a Itália em sua quarta recessão em somente 12 anos e afetará os balanços das empresas.
Fonte: Agência Reuters