O Primeiro-Ministro Shinzo Abe está se preparando para anunciar oficialmente a declaração de situação de emergência (緊急事態宣言), lê-se kinkyu jitai sengen.
O estado de emergência do Japão é um pouco diferente dos praticados em outros países, onde se incluem proibições, chegando a ter pena por violação, e até lockdown ou fechamento das fronteiras.
Com a rápida disseminação do novo coronavírus em locais como Tóquio e Osaka, não se consegue determinar a origem da infecção em grande parte dos novos pacientes. Assim, o sistema de saúde está sob pressão, começando a faltar leitos e aparelhos respiratórios. Para conter a propagação e evitar um colapso do sistema médico-hospitalar essa medida é necessária.
Ainda em análise o período dessa declaração de emergência poderá ser até 6 de maio.
Abe começará os preparativos da Força-Tarefa do Governo no final da tarde ou na noite de segunda-feira (6) e manterá um comitê consultivo na terça-feira (7) para consultar especialistas e emitir uma declaração o mais cedo possível no mesmo dia.
As províncias alvo deverão ser Tóquio e Osaka, onde a infecção está expandindo rapidamente.
Essa medida visa proteger a vida da população e evitar que a disseminação aumente em grande escala como vem ocorrendo nas metrópoles. E também a economia do país para evitar um impacto gigantesco.
O que mudará no cotidiano
Quando uma declaração de emergência é emitida, os governadores das províncias alvo podem solicitar que os residentes evitem sair e cooperar na prevenção de infecções. As pessoas que precisam sair para trabalhar, continuarão a fazê-lo.
No Japão não se pode proibir, mas sim solicitar e ordenar, apenas, portanto, vai depender da consciência de cada um dos cidadãos.
As escolas, creches, instituições de idosos e bem-estar serão fechadas temporariamente.
Os organizadores de eventos musicais, artísticos, esportivos e outros deverão receber instruções para suspensão.
Casas noturnas, de karaokê, de pachinko e outras atividades poderão decidir fechar temporariamente.
Para as pessoas que ainda não tomaram vacina da influenza, é possível que sejam solicitadas a fazê-lo.
Supermercados, farmácias, clínicas e outros deverão continuar com expediente, talvez com horário reduzido.
As companhias férreas e as de transporte de encomendas poderão ser solicitadas para dar prioridade aos insumos e medicamentos.
Os governadores poderão dar ordem de ocupação de prédios e terrenos para instalações hospitalares, mesmo sem anuência dos respectivos proprietários.
O que continuar a fazer
As medidas que cada um dos cidadãos deve continuar a fazer são as de prevenção da transmissão da infecção para terceiros e de se infectar.
Por isso, lavar as mãos com sabonete frequentemente por 20 segundos, ou usar álcool, usar máscara, não tocar o rosto com os dedos das mãos, cuidar com a etiqueta da tosse, gerenciar sua saúde se alimentando bem e dormindo bem, especialmente as gestantes e idosos devem evitar sair para locais com aglomeração e procurar notícias confiáveis, descartando as fake news.
Fontes: Asahi, NHK, Mainichi e Ryukyu Shimpo