Com muitas escolas japonesas fechadas devido ao surto de coronavírus, governos locais em algumas das áreas mais afetadas planejam encurtar as férias de verão e realizar aulas aos sábado para ajudar os estudantes a ficarem em dia assim que as instalações reabrirem.
Quarenta e sete de 52 governos locais entrevistados na semana passada pela Nikkei, cobrindo 13 províncias designadas como focos de coronavírus e 23 distritos de Tóquio, disseram que revisarão operações em escolas públicas assim que as aulas forem retomadas. As outras disseram que vão considerar essa opção no futuro, ou estão aguardando para ver por quanto tempo a epidemia vai durar.
Escolas no Japão têm enfrentado dificuldades para se adaptar ao surto, visto que exigências burocráticas rigorosas inibem ou mesmo evitam o aprendizado online. Escolas querem garantir que assim que os estudantes retornarem às salas de aula, eles tenham tempo para concluir todo o curso para o ano acadêmico.
Eventos especiais serão cancelados ou reduzidos em tamanho por 35 desses governos locais, enquanto 30 planejam encurtar as férias de verão. Além de tomar essas medidas, 13 têm a intenção de reorganizar cronogramas de aulas, atualizar currículos e realizar aulas aos sábados. O distrito de Chiyoda em Tóquio disse que já pediu a escolas públicas que cancelassem eventos.
Muitas também estão cancelando verificações agendadas para estudantes, tanto na escola como em casa por seus professores, após o Japão ter estendido o estado de emergência nacional em 16 de abril para combater o vírus. Muitos estudantes do colegial vão à escola de trem.
“Os professores chamarão os estudantes uma vez por semana para ver como eles estão indo”, disse o distrito de Suginami de Tóquio.
Mas alguns estudantes, principalmente aqueles que estão se preparando para exames de entrada no colegial, temem que ficarão atrasados academicamente. Governos estão ponderando várias opções para resolver essas preocupações enquanto reduzem os riscos de infecção.
“Permitiremos aos estudantes virem à escola cerca de uma vez por semana para receber ajuda acadêmica se eles quiserem”, disse a província de Quioto.
Fonte: Asia Nikkei