A Nissan Motor deve demitir cerca de 10 mil trabalhadores em suas fábricas americanas inativas enquanto a Honda Motor está colocando mais da metade de seus funcionários nos EUA sob licença temporária, enquanto montadoras japonesas intensificam suas respostas à pandemia de coronavírus.
Quase toda a força de trabalho da Nissan nos EUA deve ser afetada pelas dispensas em fábricas de automóveis e motores no Tennessee e em uma planta de carros no Mississippi, soube o jornal Nikkei. O pagamento de salários também sofreu atrasos em algumas instalações.
A medida da Honda afeta 5 fábricas de montagem em Ohio, Alabama e outros estados. A montadora emprega um total de 20 mil trabalhadores nos EUA, dos quais mais de 10 mil serão colocados sob licença até o fim de abril.
As decisões mostram como uma desaceleração massiva na atividade econômica, ocasionada por lockdowns e outros cortes para tentar restringir a propagação do coronavírus, estão se alimentando através da real economia e aumentando os números de trabalhadores dispensados ou colocados sob licença.
A Nissan investiu pesadamente tanto no Tennesse, onde a companhia produz SUVs, sedans e elétricos, como no Mississippi, onde ela produz SUVs e veículos comerciais. Mas a produção nessas plantas estão suspensas desde 20 março em resposta ao surto de coronavírus.
Enquanto a Nissan inicialmente tenha decidido permanecer fechada até 6 de abril, com nenhum sinal do fim do surto, ela agora estendeu a paralisação até o fim do mês.
Os funcionários afetados não serão pagos pela Nissan após serem dispensados, embora pareça que a companhia os recontratará assim que as plantas reiniciarem a produção. Os trabalhadores receberão seguro desemprego até lá.
A Nissan também planeja dispensar grande parte de seus 6 mil funcionários em sua planta no Reino Unido e cerca de 3 mil trabalhadores em uma fábrica em Barcelona, na Espanha.
A Honda, que produziu 1,2 milhão de carros nos EUA em 2019, suspendeu a produção em suas fábricas no país em 23 de março. A montadora garantirá salários integrais até o domingo (12).
Na segunda-feira (13), a companhia instruirá os trabalhadores a solicitarem o seguro desemprego.
Fonte: Asia Nikkei