Casos confirmados de coronavírus no mundo ultrapassaram os 3 milhões na segunda-feira (27), enquanto os EUA se aproximam de 1 milhão de infectados, de acordo com um cálculo da Reuters.
Isso ocorre enquanto muitos países estão tomando medidas para flexibilizar medidas de lockdown que praticamente paralisaram o mundo nas 8 últimas semanas.
Os primeiros 41 casos foram confirmados na cidade chinesa de Wuhan em 10 de janeiro. As 3 milhões de infecções confirmadas em menos de 4 meses são comparáveis em número com os cerca de 3,5 milhões de casos de doença severa causada pela influenza sazonal em todo o mundo a cada ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS.
Uma média de 82 mil casos foi reportada por dia na última semana. Mais de um quarto de todos estão nos EUA, e mais de 43% foram registrados na Europa.
O número de mortos em decorrência do vírus situou-se a mais de 205 mil desde a segunda-feira, e quase 1 em cada 7 casos reportados da doença foi fatal.
É provável que a taxa de mortalidade real seja substancialmente menor, visto que o cálculo de infecções não inclui muitos casos leves, assintomáticos e não confirmados.
Alguns países severamente afetados na Europa, incluindo Itália, França e Espanha, registraram uma queda nos números de casos diários nas últimas semanas, mas ainda registrou de 2.000 a 5.000 novas infecções por dia na última semana.
Os casos totais aumentaram 2,5% no domingo (26), a taxa diária mais baixa em quase 2 meses, e queda de um pico no fim de março quando o total estava subindo em mais de 10% ao dia.
Os EUA reportaram uma média de mais de 30 mil infecções por dia na última semana e agora representam cerca de um terço de todos os novos casos.
Tentativa de reabertura
A Itália disse que permitirá algumas fábricas a voltarem às atividades em 4 de maio como parte de uma reabertura escalonada, enquanto a Espanha flexibilizou regras de lockdown no domingo, permitindo que as crianças saíssem de casa sob supervisão.
Vários estados nos EUA reabriram negócios em meio a previsões de que a taxa de desemprego poderia atingir 16% para abril.
Ásia: menos de 7% dos casos no mundo
Na Ásia, que conta por somente menos de 7% de todos os casos, alguns países estão tendo dificuldades para manter novas infecções sob controle. Eles incluem Japão e Singapura, os quais viram novos casos aumentarem em abril apesar de esforços anteriores com êxito para reduzir o ritmo da propagação.
Outros na região conseguiram controlar os surtos, incluindo a Coreia do Sul, que registrou cerca de 10 casos por dia na última semana, queda de um pico de mais de mil em fevereiro.
Na China, onde o vírus surgiu pela primeira vez, oficiais reportaram somente 3 novas infecções no domingo e disseram que todos os pacientes em Wuhan, o epicentro original, receberam alta dos hospitais.
América Latina e África: números aumentam mais rápido do que a média global
Os números continuam aumentando mais rápido do que média global na América Latina e África. O total de casos no México cresceu de 7 a 10% por dia na última semana, chegando a 13,8 mil casos, enquanto no Brasil ultrapassou 60 mil no domingo.
Mais de 40% dos 32,6 mil casos da África estão na região norte, onde Marrocos, Egito e Argélia estão registrando surtos graves.
Fonte: Agência Reuters