Não há dados precisos sobre a população de sem-teto que busca diariamente um dos internet cafés dos grandes centros para dormir, chamados de “refugiados” na sociedade nipônica.
Desde que foi decretada a situação de emergência pelo Primeiro-Ministro, para conter a disseminação do novo coronavírus, tanto na capital quanto em 6 províncias, os refugiados tiveram que começar a desocupar os cafés com mangá e internet.
Esses locais oferecem bar com bebidas não alcoólicas quentes e geladas, além de refeições leves e chuveiro. Por isso, são convenientes e de baixo custo para quem precisa se abrigar.
4 mil em Tóquio
Os dados de 2 anos atrás indicam que somente na capital japonesa são pelo menos 4 mil refugiados nesses locais.
Em Tóquio a governadora pediu aos donos das instalações de lazer que fechassem suas casas a partir de 10 deste mês a 6 de maio. Um homem de 56 anos, trabalhador da construção civil disse para o Huffington Post “sem esse lugar, é o fim”. Ele usa esse estabelecimento em Kabuki-cho, Shinjuku, há 15 anos.
Mas o governo de Tóquio providenciou hotéis gratuitos com total de cerca de 5 mil camas para eles. Informou que se precisar de mais aumentará a verba para conseguir pousada temporária tanto para eles como para os sem-teto que vivem nas ruas.
Providências de Saitama e Osaka
Em Saitama o pedido para fechamento está vigorando desde segunda-feira (13), atingindo 73 desses estabelecimentos. Cerca de 300 sem-teto foram direcionados para o ginásio esportivo da capital homônima da província. Lá podem ficar por 2 semanas.
Em Osaka não é diferente. A partir de terça-feira (14) os refugiados precisam deixar os internet cafés onde pagam em média 2,5 mil ienes para ficarem 9 horas por noite. O governador conseguiu cerca de 400 camas para acomodá-los em 5 hotéis que atenderam ao seu pedido, com pernoites mais baratos.
Fontes: Chuo Nippo, JNN, Asahi, Sankei e Huffington Post