O Japão está vivenciando uma escassez de termômetros médicos devido à propagação do novo coronavírus, visto que mais empresas exigem que seus funcionários afiram suas temperaturas antes de ir trabalhar.
Ao contrário de máscaras descartáveis e desinfetantes, o aumento repentino na demanda por termômetros deve se resolver com o tempo, mas alguns estão sendo vendidos em leilões online a preços exorbitantes.
Na Omrom Healthcare, uma unidade da companhia de eletrônicos japonesa Omron, sediada em Quioto, pedidos por termômetros em março aumentaram em 2.7 vezes em comparação ao mesmo período do ano passado.
“Janeiro normalmente é a temporada de pico, mas neste ano tivemos o mesmo volume mesmo seguindo para a primavera”, disse um porta-voz da companhia.
A Omron intensificou seu sistema de produção ao estender as horas de trabalho e adicionar turnos aos fins de semana, enquanto a principal fabricante de equipamentos médicos Terumo também está no processo de aumentar a produção de termômetros.
Várias farmácias na província de Osaka viram as vendas de termômetros aumentarem em 9 vezes no mês de março comparadas ao ano anterior.
No site de leilões da Yahoo, termômetros que normalmente custam cerca de 2 mil ienes estão sendo vendidos com preços 3 vezes maior. Embora o governo tenha banido em março a revenda de máscaras online em meio a desenfreados preços exorbitantes, termômetros não foram incluídos.
“À luz do clima social, vamos considerar o endereçamento da questão em cooperação com todas as partes relacionadas”, disse um porta-voz da Yahoo Japan, que opera o site de leilões.
De acordo com a Omron, termômetros geralmente têm uma vida de 5 anos. Uma outra fabricante prevê que a distribuição voltará ao normal assim que as pessoas que precisam receberem termômetros, já que eles podem ser usados por um longo tempo.
Entretanto, alguns governos locais estão tendo dificuldades para lidar com a falta de termômetros em instalações que recebem pacientes com sintomas leves do vírus que causa pneumonia.
A província de Kanagawa decidiu pedir que termômetros sejam doados.
Fonte: Mainichi