Unidade da Fujifilm deve lançar kit de teste para coronavírus

A empresa de câmeras se junta a gigantes globais para atender a crescente demanda.

Amostras de saliva sendo retiradas de paciente (ilustrativa/PM)

A Fujifilm Holdings deve lançar um kit de teste para coronavírus o qual a companhia japonesa afirma que aceleraria os resultados em até 2 horas, se juntando a uma série de grupos farmacêuticos globais em resposta à crescente demanda, visto que a pandemia se amplia.

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O kit foi desenvolvido pela subsidiária da Fujifilm sediada em Osaka, a Fujifilm Wako Pure Chemical, e será vendido a laboratórios de saúde e instituições que realizam testes a partir de 15 de abril, disse a companhia na sexta-feira (3).

O kit inclui um reagente usado em testes baseados em reação de cadeia polimerase (PCR).

Testes convencionais consistem em extrair acido ribonucleico (RNA) da saliva, misturando-o a um reagente para converter para DNA usando um contêiner e então movendo- o para um recipiente separado para duplicar o DNA. A Fujifilm disse que seu reagente pode ser usado em ambas as conversões e duplicação, eliminando a necessidade de trocar de contêineires.

Se usado com kits de companhias parceiras, o processo de teste inteiro pode ser de 2 a 4 horas ao invés das atuais 4 a 6, disse. O kit pode ser usado em máquinas de testes existentes.

As ações da Fujifilm subiram 6% na sexta-feira.

A Fujifilm Wako Pure chemical, antiga unidade da Takeda Pharmaceutical, foi adquirida pela Fujifilm em 2017. Ela é especializada em reagentes, mas a companhia disse que era a primeira vez que havia desenvolvido um kit para testes baseados em PRC.

Principais fabricantes de testes como a Roche da Suíça também estão aumentando a produção, visto que casos de coronavírus crescem globalmente. No Japão, a Takara Bio e a Toyobo produzem kits de teste.

Uma outra subsidiária da Fujifilm produz o anti-influenza Avigan, que está passando por ensaios clínicos como potencial tratamento para Covid-19.

Fonte: Asia Nikkei

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Abe está prestes a declarar situação de emergência

Publicado em 6 de abril de 2020, em Política

Compreenda as diferenças entre o lockdown de alguns países do exterior e a declaração de situação de emergência no Japão. Pode ser que seja somente em Tóquio e Osaka.

Shinzo Abe na manhã de segunda-feira (Asahi)

O Primeiro-Ministro Shinzo Abe está se preparando para anunciar oficialmente a declaração de situação de emergência (緊急事態宣言), lê-se kinkyu jitai sengen.

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O estado de emergência do Japão é um pouco diferente dos praticados em outros países, onde se incluem proibições, chegando a ter pena por violação, e até lockdown ou fechamento das fronteiras. 

Com a rápida disseminação do novo coronavírus em locais como Tóquio e Osaka, não se consegue determinar a origem da infecção em grande parte dos novos pacientes. Assim, o sistema de saúde está sob pressão, começando a faltar leitos e aparelhos respiratórios. Para conter a propagação e evitar um colapso do sistema médico-hospitalar essa medida é necessária.

Ainda em análise o período dessa declaração de emergência poderá ser até 6 de maio.

Abe começará os preparativos da Força-Tarefa do Governo no final da tarde ou na noite de segunda-feira (6) e manterá um comitê consultivo na terça-feira (7) para consultar especialistas e emitir uma declaração o mais cedo possível no mesmo dia.

As províncias alvo deverão ser Tóquio e Osaka, onde a infecção está expandindo rapidamente. 

Essa medida visa proteger a vida da população e evitar que a disseminação aumente em grande escala como vem ocorrendo nas metrópoles. E também a economia do país para evitar um impacto gigantesco. 

O que mudará no cotidiano

Quando uma declaração de emergência é emitida, os governadores das províncias alvo podem solicitar que os residentes evitem sair e cooperar na prevenção de infecções. As pessoas que precisam sair para trabalhar, continuarão a fazê-lo. 

No Japão não se pode proibir, mas sim solicitar e ordenar, apenas, portanto, vai depender da consciência de cada um dos cidadãos. 

As escolas, creches, instituições de idosos e bem-estar serão fechadas temporariamente.

Os organizadores de eventos musicais, artísticos, esportivos e outros deverão receber instruções para suspensão.

Casas noturnas, de karaokê, de pachinko e outras atividades poderão decidir fechar temporariamente.

Para as pessoas que ainda não tomaram vacina da influenza, é possível que sejam solicitadas a fazê-lo.

Supermercados, farmácias, clínicas e outros deverão continuar com expediente, talvez com horário reduzido. 

As companhias férreas e as de transporte de encomendas poderão ser solicitadas para dar prioridade aos insumos e medicamentos.

Os governadores poderão dar ordem de ocupação de prédios e terrenos para instalações hospitalares, mesmo sem anuência dos respectivos proprietários.

O que continuar a fazer

As medidas que cada um dos cidadãos deve continuar a fazer são as de prevenção da transmissão da infecção para terceiros e de se infectar.

Por isso, lavar as mãos com sabonete frequentemente por 20 segundos, ou usar álcool, usar máscara, não tocar o rosto com os dedos das mãos, cuidar com a etiqueta da tosse, gerenciar sua saúde se alimentando bem e dormindo bem, especialmente as gestantes e idosos devem evitar sair para locais com aglomeração e procurar notícias confiáveis, descartando as fake news.

Fontes: Asahi, NHK, Mainichi e Ryukyu Shimpo

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