Falências relacionadas ao coronavírus passam de 130 no Japão

Empresas que operam nas 13 províncias designadas como regiões de alerta especial contam por 60 por cento do total.

Estabelecimento fechado (ilustrativa/PM)

Uma firma de pesquisa de crédito diz que mais de 130 empresas japonesas declararam falência devido aos efeitos da pandemia de coronavírus.

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A Teikoku Databank disse que 81 companhias declararam falência desde a noite de segunda-feira (11). Ela acrescentou outras 52 companhias que estão no processo de liquidação. Portanto, um total de 133 firmas quebrou.

Por indústria, hotéis e pousadas contaram pela maior participação do total, a 33. Restaurantes e bares vêm em seguida, com 13, seguidos por lojas de roupas e de produtos diversos a 12.

Empresas que operam nas 13 províncias designadas como regiões de alerta especial contam por 60 por cento do total, com 28 falências em Tóquio, 14 em Hokkaido 12 em Osaka e 8 em Hyogo.

A firma de pesquisa diz que muitos proprietários escolheram fechar seus negócios antes de contrair dívidas enormes.

Ela disse que suporte a longo prazo a pequenas e médias empresas é indispensável, já que é provável que leve mais tempo até que as atividades de negócios comecem a se recuperar.


Atualização às 17h45 de quarta-feira (13)

Falências passam de 140

A Teikoku Databank disse que a pandemia de coronavírus causou a falência de 142 empresas no Japão.

Segundo a firma de pesquisa de crédito, 87 companhias a nível nacional haviam declarado falência desde a quarta-feira (13).

Outras 55 interromperam seus negócios e iniciaram procedimentos para declarar falência.

Do total, 53 são hotéis ou pousadas no estilo japonês e 41 pubs, restaurantes, lojas de roupas e outras varejistas. Houve também 20 atacadistas e 14 fabricantes.

A firma de pesquisa disse que a maioria dos negócios que faliu já estava passando por dificuldades, mas alguns restaurantes e fornecedores de serviço que estão atualmente fechados poderão nunca reabrir.

Fonte: NHK

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Carros de outras províncias são alvos em locais com poucos casos de Covid-19

Publicado em 12 de maio de 2020, em Sociedade

Em províncias com poucos casos de Covid-19, carros com placas de fora viram alvos em meio à pandemia.

Carros em rua no Japão (ilustrativa/PM)

Em meio a pedidos para ficar em casa a fim de evitar a propagação do novo coronavírus no Japão, casos de perseguição ou pedras sendo jogadas em carros com placas de fora vêm crescendo em áreas que têm poucos casos confirmados da infecção.

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Algumas autoridades têm tentado colocar um fim nesses incidentes ao oferecer imagens que os residentes podem imprimir e exibir em seus carros para provar que eles vivem localmente, mas seus esforços atraíram críticas como discriminação contra quem é de fora.

Com casos de Covid-19 chegando a 16 mil a nível nacional, muitos vivendo em áreas com números comparativamente baixos de infecções confirmadas estão com receio de que visitantes de cidades como Tóquio e Osaka podem trazer o vírus a suas comunidades.

Em 21 de abril, o governador de Tokushima, Kamon Iizumi, ordenou a realização de uma pesquisa de carros com placas de outras províncias, citando “o perigo de viajar” entre a província e áreas onde há alto risco de infecção.

Tokushima registrou apenas 5 casos de coronavírus.

Mas o governador disse em uma coletiva de imprensa em 24 de abril que a mensagem direcionada àqueles de fora da província pode ter sido “muito pesada”, visto que ela alimentou o mau comportamento em relação a eles.

Em 27 de abril, em uma medida para proteger chegadas recentes e evitar que veículos sejam visados, a cidade de Miyoshi em Tokushima inseriu em seu site um cartaz com a frase “Sou residente da província de Tokushima” e pediu aos moradores através da mídia social que o imprimissem e o exibissem nos painéis de seus carros.

Flyers com a frase “Sou residente da província de Tokushima (Mainichi)

Usuários do Twitter logo criticaram a iniciativa, dizendo que a cidade está “promovendo discriminação” e que o município “deveria dizer claramente que a intimidação (a não residentes) é um crime e que tal comportamento pode ser reportado” à polícia.

Após somente um dia, a cidade removeu a imagem tanto de seu site como de sua conta no Twitter e começou a distribuir o cartaz diretamente a visitantes na prefeitura, dizendo que fez isso por receio de que pessoas de fora pudessem abusar da iniciativa ao fazer o download de outros estados e fingirem ser residentes.

“Não temos intenção de discriminar (contra aqueles com placas de fora da província) de forma alguma. Houve alguns incidentes de intimidação na cidade e criamos a imagem na esperança de que as pessoas agiriam racionalmente”, disse um funcionário da prefeitura de Miyoshi.

A cidade de Kushimoto (Wakayama) começou a distribuir em 1º de maio imãs com a frase “Eu moro em Kushimoto”. Eles foram tão populares que 300 foram levados no primeiro dia.

A cidade explicou que havia recebido ligações de residentes os quais disseram que estavam “preocupados com o que as pessoas poderiam pensar sobre eles”, visto que as placas de seus carros não podiam identificá-los como sendo de Wakayama.

Um oficial responsável afirmou que a iniciativa não representa uma forma de discriminação.

Após a medida de Kushimoto, a província de Wakayama como um todo começou a distribuir documentos na quinta-feira (7) para confirmar a residência de pessoas cujas placas de carros são de outra província. Até agora, Wakayama teve 62 pacientes infectados pelo coronavírus.

“É como se essas administrações estivessem dizendo que não há nada que possa ser feito se essas pessoas de fora da província estão sendo discriminadas”, disse Shun Ishihara, professor de sociologia na Universidade Meiji Gakuin.

“(Distribuir prova de residência) é discriminação vestida de política antidiscriminação. Oficiais deveriam se engajar em séria autorreflexão”, disse ele.

Fonte: Mainichi

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