Japão e União Europeia concordam em trabalhar juntos para deter a pandemia de Covid-19

Os líderes do Japão e da UE enfatizaram a necessidade de colaboração global para desenvolver medicamentos e vacinas, e torná-los disponíveis a todos.

Bandeiras do Japão e da União Europeia (PM)

O Japão e a União Europeia- UE concordaram na terça-feira (26) em trabalhar juntos para deter a pandemia global do novo coronavírus e desenvolver medicamentos para tratamentos e vacinas.

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Na primeira reunião online, o primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, o presidente do Conselho Europeu Charles Michael e a presidente da Comissão Europeia Ursula Von der Leyen disseram que não estão poupando esforços para deter a pandemia, mas uma abordagem multipartidária eficaz é crucial no combate ao vírus.

Os líderes também concordaram que uma investigação independente sobre como a Organização Mundial da Saúde – OMS respondeu ao surto do coronavírus é necessária, pedindo por melhorias na resposta global ao futuro da pandemia através do conselho sediado em Genebra e outras entidades, disse um oficial sênior do governo japonês.

Os líderes reconheceram que “solidariedade global, cooperação e multilateralismo eficaz são exigidos mais do que nunca para vencer o vírus, assim como garantir recuperação econômica”, disseram eles em uma declaração conjunta divulgada após a conferência.

Eles enfatizaram a necessidade de colaboração global para desenvolver medicamentos vacinas, e torná-los disponíveis e acessíveis a todos, dizendo que uma futura vacina contra Covid-19 deveria ser um “bem comum global”.

Alguns países começam a realaxar suas restrições

A pandemia infectou mais de 5,5 milhões de pessoas e causou a morte de mais de 340 mil em todo o globo, de acordo com a OMS.

Após semanas de lockdowns rígidos, França, Itália e Espanha – principais membros da UE afetados pelo vírus – começaram a relaxar suas restrições.

O Japão, que havia pedido às pessoas que ficassem em casa e a alguns negócios que fechassem voluntariamente, suspendeu completamente seu estado de emergência na segunda-feira (25), visto que a propagação de infecções havia diminuído suficientemente.

O surto viral enfraqueceu a economia global com restrições de viagens impostas e redes de fornecimentos interrompidas.

Na reunião em vídeo na terça-feira, os líderes receberam bem a adoção na semana passada durante a assembleia da OMS de uma resolução pedindo por uma investigação independente da resposta da organização sobre o coronavírus e identificação da fonte do vírus.

A OMS se tornou alvo de críticas do presidente dos EUA Donald Trump, que a acusou de ser centrada na China no combate à crise.

Na semana passada, Trump até ameaçou deixar a OMS a menos de ela se comprometa com grandes reformas dentro dos próximos 30 dias.

Fortalecimento das relações entre Japão e UE

O Japão e a UE vêm fortalecendo suas relações nos últimos anos, com um acordo de livre comércio que entrou em vigor em 2019.

Seus líderes estão empenhados com a parceria estratégica Japão-União Europeia, a qual representará “um papel importante” na recuperação dos efeitos da Covid-19, disse a declaração conjunta.

Fonte: Mainichi

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Covid-19: América Latina é agora o ‘epicentro do surto’, diz oficial da saúde

Publicado em 27 de maio de 2020, em Notícias do Mundo

No fim de semana, o Brasil ultrapassou a Rússia e se tornou o país com mais casos confirmados de Covid-19 após os EUA.

Pessoas em rua do Rio de Janeiro usando máscaras de proteção (ilustrativa/PM)

A América Latina ultrapassou a Europa e os Estados Unidos em número de casos diários de infecções por Covid-19, disse a diretora da Organização Pan-americana de Saúde- PAHO na terça-feira (26), colocando a região no centro do surto global.

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Houve mais de 2,4 milhões de casos e mais de 143 mil mortes em todas as Américas, disse a Dr. Carissa Etienne em uma coletiva de imprensa, acrescentando que a região “se tornou o epicentro da pandemia de Covid-19”.

A PAHO está particularmente preocupada com o Brasil, onde o número de novos casos reportados na semana passada “foi o maior para um período de sete dias desde o início do surto”, disse Etienne.

O Peru e o Chile também estão reportando um alto número de casos, acrescentou ela, alertando que para países na região “agora não é a hora de relaxar restrições ou reduzir estratégias de prevenção”.

Peru e Chile estão entre as nações mais afetadas da região. Eles agora têm as taxas per capita de infecção mais altas do mundo ao longo de uma média móvel de sete dias, de acordo com o Our World in Data – OWID, um site de estatísticas independente sediado na Universidade de Oxford.

Na terça-feira, o Chile tinha 77.961 infecções e 806 mortes desde o início do surto. Dois membros do governo, o ministro da energia Juan Carlos Jobet e o ministro de trabalhos públicos Alfredo Moreno, testaram positivo para o vírus na segunda-feira (25) após apresentarem sintomas leves.

O Brasil ultrapassou a Rússia no fim de semana e se tornou o país com mais casos confirmados de Covid-19 após os EUA, de acordo com número da Universidade Johns Hopkins. Até a segunda-feira, o país tinha 374.898 infecções no total e 23.473 mortes, de acordo com o ministério da saúde.

“Agora é hora de se manter forte, vigilante e implementar agressivamente medidas de saúde públicas provadas. Aprendemos com outras regiões, aprendemos o que funciona e o que não e devemos continuar a aplicar esse conhecimento ao nosso contexto”, disse Etienne.

Fonte: CNN

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