A fabricante japonesa de instrumentos de precisão Shimadzu adicionará saliva à amostra de reagentes PCR (reação em cadeia da polimerase) para teste do novo coronavírus, após a companhia ter confirmado que ela era tão precisa quanto métodos convencionais.
O Ministério da Saúde do Japão planeja permitir testes usando saliva neste mês. O procedimento não evasivo é simples e representa menos risco de passar infecções secundárias.
A companhia expandirá seu fornecimento de reagente e vai se preparar para uma possível segunda onda de infecções.
A Shimadzu já está comercializando reagente para o vírus. O método não exige extrair impurezas as quais impedem a amplificação de gene. Os resultados dos testes saem em cerca de 60 minutos.
A companhia está colaborando com o Hospital Universitário de Hokkaido no novo método, e diz que os resultados são tão precisos quanto os convencionais de coletar amostras de substâncias da garganta ou nariz.
No início de maio, a Associação Médica do Japão solicitou ao ministério da saúde que explorasse testes PCR usando saliva, e pediu à Shimadzu que confirmasse a eficácia.
Ao contrário da saliva, testes convencionais podem induzir ao espirro, colocando equipes médicas sob risco – uma grande preocupação.
A Shimadzu esperava fornecer reagentes suficientes para 100 mil pessoas por mês a partir de abril, mas aumentará a produção para 600 mil até junho.
A medida ocorre porque a demanda por testes deve aumentar em meio à ameaça de uma segunda onda de infecções, principalmente da Ásia, Europa e dos EUA, assim como de países emergentes.
Fonte: Asia Nikkei