Estudos conduzidos em macacos mostram que quando os primatas são infectados com a Covid-19 e se recuperam, é provável que desenvolvam imunidade contra a doença.
Os dois estudos publicados na quarta-feira (20) oferecem um sinal positivo de que a tão buscada vacina contra o novo coronavírus pode ter êxito.
Embora cientistas tenham presumido que anticorpos produzidos em resposta ao novo coronavírus protegem, houve escassa evidência cientificamente rigorosa para respaldo.
Em um dos estudos, pesquisadores infectaram nove macacos com Covid-19 e eles se recuperaram. Após isso, eles foram expostos novamente ao vírus, mas não ficaram doentes.
As descobertas sugerem que eles “realmente desenvolvem imunidade natural que protege contra reexposição”, disse o Dr. Dan Barouch, pesquisador no Centro para Virologia e Pesquisa de Vacina do Centro Médico Beth Israel Deaconness na Harvard, em Boston, cujos estudos foram publicados no jornal Science.
“São boas notícias”, disse Barouch.
Um segundo estudo envolveu 25 macacos, todos os quais foram testados usando seis protótipos de vacinas para ver se anticorpos produzidos em resposta protegiam.
Eles então foram expostos ao vírus junto com 10 animais de controle.
Todos os animais de controle apresentaram altos graus do vírus em seus narizes e pulmões, mas nos vacinados “vimos um grau substancial de proteção”, disse Barouch. Oito dos animais vacinados estavam completamente protegidos.
Esses estudos, que foram revistos em pares (peer-reviewed), não provam que humanos desenvolvem imunidade ou por quanto tempo ela pode durar, mas são tranquilizadores.
“Esses dados serão vistos como um avanço científico oportuno”, disse Barouch.
Atualmente, o mundo está focando na busca por uma vacina contra a Covid-19 para deter a devastação que ela causa.
Na quarta-feira (20), o número de casos de coronavírus no mundo passou de 5 milhões.
Fonte: CGTN, Agência Reuters