Mais de 4 milhões de casos confirmados de coronavírus foram reportados em todo o mundo, de acordo com dados coletados pela Universidade Johns Hopkins, divulgou a rede BBC neste domingo (10).
O número de mortes também aumentou e agora situa-se a mais de 277 mil.
Os EUA continuam sendo o país mais afetado, contando por mais de um quarto dos casos confirmados e um terço das mortes.
Especialistas alertam que o número real de infecções é provavelmente bem maior, com baixas taxas de testes em muitos países distorcendo os dados.
As taxas diárias de mortes continuam a cair em algumas nações, incluindo Espanha, mas há preocupação de que relaxar restrições de lockdown poderia levar a uma “segunda onda” de infecções.
Além disso, governos estão se preparando para queda econômica, visto que a pandemia afeta mercados globais e redes de fornecimento.
Um oficial sênior chinês disse à mídia local que a pandemia foi um “grande teste” que havia exposto a fraqueza no sistema de saúde público do país. A rara admissão, do diretor da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin, ocorre após críticas sustentadas no exterior sobre a resposta da China ao vírus.
Na semana passada, algumas medidas de lockdown começaram a ser relaxadas na Itália, que já foi epicentro global da pandemia. Os italianos puderam sair e visitar familiares em suas regiões.
A França registra seu menor número diário de mortes por coronavírus por mais de um mês, com 80 mortes ao longo das últimas 24 horas. Autoridades estão se preparando para relaxar as restrições a partir da segunda-feira (11), assim como o governo na vizinha Espanha.
Enquanto isso, lockdowns continuam em países como África do Sul, apesar de pedidos de partidos da oposição pelo encerramento.
Na Coreia do Sul, restrições renovadas estão sendo impostas a bares e clubes após uma série de transmissões ligadas a um distrito de entretenimento.
A Rússia também cancelou uma parada militar em Moscou, planejada como parte das celebrações do Dia da Vitória do país. Ao invés disso, o presidente Vladmir Putin organizou um evento moderado no sábado (9), colocando flores no memorial de guerra Chama Eterna.
Mas apesar de evidência científica, líderes de vários países continuaram a manifestar ceticismo sobre o vírus e a necessidade de lockdowns.
Na Bielorrússia, milhares de soldados marcharam para celebrar o Dia da Vitória, enquanto o presidente Alexander Lukashenko rejeitou pedidos por medidas mais rigorosas.
Frustrações em relação ao surto se tornaram violentas no Afeganistão, e pelo menos seis pessoas morreram durante combates entre manifestantes e forças da segurança.
A violência começou após manifestantes terem se reunido em Firozkoh, capital da província de Ghor, para reclamar da falha percebida do governo em ajudar os pobres durante a pandemia.
Fonte: BBC