Um talco da J&J (ilustrativa/PM)
Um tribunal nos EUA manteve uma decisão de que um talco vendido pela Johnson & Johnson causou câncer de ovário e ordenou à gigante farmacêutica a pagar US$2,1 bilhões em danos.
A decisão do Tribunal de Apelação do Missouri reduziu em mais da metade os US$4 bilhões que um júri havia concedido a 22 pessoas em 2018. O tribunal concordou que alguns dos demandantes não deveriam ter sido incluídos no caso, já que eles eram de fora do estado.
Mas a decisão de terça-feira (23) manteve que o grupo farmacêutico e de produtos de higiene terá que pagar pelos danos por “vender conscientemente aos consumidores produtos que continham amianto”.
“Pelo fato dos acusados serem corporações grandes e multibilionárias, acreditamos que um valor importante de indenizações punitivas é necessário para ter efeito nesse caso”, disse o julgamento.
“É impossível atribuir valor monetário sobre a angústia física, mental e emocional que os demandantes sofreram pelos acusados”.
Uma porta-voz da J&J disse que a companhia apelaria contra a decisão na Corte Suprema do Missouri, de acordo com o Wall Street Journal.
A Johnson & Johnson enfrentou milhares de processos nos EUA os quais alegaram que ela falhou em alertar consumidores sobre o risco de câncer por causa do amianto e seus produtos de talco.
Em 2019, um júri na Califórnia foi o mais recente a conceder milhões em indenização a um requerente o qual disse que o talco da companhia causou seu câncer terminal.
No mês passado, a companhia anunciou que estava encerrando a produção de seu talco nos EUA e Canadá.
Ela continuará a vender o produto no resto do mundo, acrescentou.
Fonte: SCMP, AP
