A produção industrial do Japão caiu novamente em maio mesmo com a suspensão do estado de emergência, mostrando a gravidade do impacto da pandemia sobre o setor de fabricação dependente de exportação.
A produção em fábricas caiu 8,4%, reportou o ministério da economia nesta terça-feira (30).
A produção caiu no mês anterior pela quarta vez consecutiva, algo que não acontecia desde 2012. O resultado foi pior do que quaisquer previsões de 28 analistas. A projeção média foi de um declínio de 5,9%.
Um relatório separado mostrou que a taxa de desemprego aumentou para o nível mais alto em 3 anos.
A taxa de desemprego aumentou de 2,6% em abril para 2,9% em maio. Analistas esperavam 2,8%. A proporção de vaga-candidato se deteriorou de 1.32 em abril para 1.2 em maio, o que significa que havia 120 ofertas de emprego para cada 100 candidatos. Economistas previam 1.22.
O relatório sobre produção industrial de terça-feira sugere que mesmo que a suspensão das restrições permita às fábricas do Japão reiniciarem as operações, a fraca demanda global significa que há menos trabalho para fazer.
Aumentos recentes nas taxas de infecções nos EUA, o maior mercado do Japão no exterior, tornam improvável uma recuperação rápida. Gastos domésticos também poderiam continuar reduzidos em meio a temores de uma segunda onda de casos de coronavírus e mais perdas de emprego em potencial.
A taxa de desemprego do Japão ainda é muito baixa em relação a outros lugares, mas o número em destaque não leva em consideração milhões de trabalhadores que foram forçados a tirar licença durante a pandemia.
Certos auxílios do governo estão demorando para chegar às pessoas e companhias em necessidade, acrescentando um outro risco. Alguns analistas esperam mais estímulo fiscal se o impacto da economia perdurar.
Fonte: Japan Times, Bloomberg