Ameba ‘comedora de cérebro’: caso raro de infecção nos EUA

A ameba microscópica de célula única pode causar uma infecção no cérebro, e é geralmente fatal.

Placa no Kelly Warms Spring, em Wyoming, nos EUA, alertando que a Naeglaria fowleri foi encontrada no local (ilustrativa- banco de imagens/PM)

Um caso raro de ameba comedora de cérebro foi confirmado na Flórida, de acordo com oficiais da saúde no estado dos EUA.

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O Departamento de Saúde da Flórida – DOH disse que uma pessoa no Condado de Hillsborough havia contraído a Naegleria fowleri.

A ameba microscópica de célula única pode causar uma infecção no cérebro, e é geralmente fatal.

Comumente encontrada em água doce morna, a ameba entra no corpo pelo nariz.

O DOH não definiu onde a infecção foi contraída, ou sobre a condição do paciente. A ameba não pode ser passada de pessoa para pessoa.

Tipicamente essas infecções são vistas no sul dos EUA. Elas são raras na Flórida, onde somente 37 casos foram reportados desde 1962.

Mas dadas as consequências potencialmente fatais da infecção, o DOH emitiu um alerta para residentes no Condado de Hillsborough em 3 de julho.

Oficiais da saúde pediram aos residentes que evitem contato nasal com água de torneira e outras fontes.

Corpos de água abertos como lagos, rios e canais, onde infecções são mais prováveis nos meses mais quentes de verão de julho, agosto e setembro também devem ser evitados.

Aqueles que são infectados pela Naegleria fowleri têm sintomas que incluem febre, náusea e vômitos, assim como fortes dores na nuca e na cabeça. A maioria vem a óbito dentro de 1 semana.

O DOH pediu às pessoas que apresentarem esses sintomas que “busquem ajuda médica imediatamente, visto que a doença progride rapidamente”.

“Essa doença é rara e estratégias de prevenção eficazes podem permitir uma temporada segura e relaxante de verão”, disse o DOH.

Infecções por Naeglaria fowleri são raras nos EUA, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país.

Entre 2009 e 2018, somente 34 infecções foram reportados nos EUA. Desses casos, 30 pessoas foram infectadas em águas para fins recreativos, 3 após realizarem irrigação nasal com água de torneira contaminada e 1 foi infectada por água de torneira contaminada usada em um escorregador aquático de quintal, disse o CDC.

Fonte: BBC

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Peste bubônica na China: Mongólia Interior toma precauções após caso confirmado

Publicado em 7 de julho de 2020, em Ásia

Um alerta de nível 3, que proíbe a caça e consumo de carne de animais que poderiam ser hospedeiros da peste, foi colocado em vigor até o fim do ano.

Imagem 3D da bactéria da peste bubônica Yersinia pestis (banco de imagens/PM)

Autoridades na China intensificaram as precauções após uma cidade na região autônoma da Mongólia Interior ter confirmado um caso de peste bubônica.

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De acordo com reportagens do estado, um paciente de Bayan Nur – um pastor – está em quarentena e sua condição de saúde é estável.

Autoridades dizem que também estão investigando um segundo caso suspeito, de acordo com a Global Times da China.

A peste bubônica já foi a doença mais temida do mundo, mas agora ela pode ser facilmente tratada.

O primeiro caso foi reportado como suspeita peste bubônica no sábado (4) em um hospital de Urad Middle Banner, na cidade de Bayan Nur. Ainda não está claro como ou por que o paciente pode ter sido infectado.

O segundo caso suspeito envolve um jovem de 15 anos, que aparentemente teve contato com uma marmota caçada por um cão, de acordo com um tuíte do jornal chinês Global Times.

Um alerta de nível 3, que proíbe a caça e consumo de carne de animais que poderiam ser hospedeiros da peste e pede ao público que relate casos suspeitos, foi colocado em vigor até o fim do ano.

O que é a peste bubônica?

A peste bubônica, causada por infecção bacteriana, foi responsável por uma das epidemias mais mortais na história humana – a Peste Negra – que matou cerca de 50 milhões de pessoas em toda a África, Ásia e Europa no século 14.

Houve uma porção de grandes surtos desde então. A peste causou a morte de um quinto da população de Londres durante a Grande Praga de 1665, enquanto mais de 12 milhões morreram em surtos durante o século 19 na China e na Índia.

Entretanto, hoje em dia, ela pode ser tratada com antibióticos. Se deixada sem tratamento, a doença – que é tipicamente transmitida de animais para humanos por pulgas – tem uma taxa de mortalidade de 30 a 60 por cento.

Sintomas da doença incluem febre alta, calafrios, náusea, fraqueza e gânglios linfáticos inchados no pescoço, axilas ou virilha.

Poderia haver outra epidemia?

Casos de peste bubônica são raros, mas ainda há reacendimentos da doença de tempos em tempos.

Madagascar teve mais de 300 casos durante um surto em 2017. Entretanto, um estudo no jornal médico The Lancet descobriu que menos de 30 pessoas morreram.

Em maio do ano passado, duas pessoas na Mongólia morreram em decorrência da peste, a qual elas contraíram após consumirem carne crua de marmota – o mesmo tipo de roedor com que o segundo caso suspeito teve contato.

Contudo, é improvável que quaisquer casos levem a uma epidemia.

“Ao contrário do século 14, agora compreendemos como a doença é transmitida”, disse o Dr. Shanti Kappagoda, médico de doenças infecciosas no Centro de Saúde Stanford, ao site Heathline.

“Sabemos como preveni-la. Também conseguimos tratar pacientes infectados com antibióticos eficazes”.

Fonte: BBC

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